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Um livro como Missoula poderia ter sido escrito sobre o problema da violência sexual nas universidades brasileiras. Dados da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres mostram que uma mulher é vítima de estupro a cada 12 minutos no país.

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E, tal como nos Estados Unidos, muitos crimes ocorrem no ambiente universitário. Para Vanessa Fogaça Prateano consultora da Comissão de Estudos sobre Violência de Gênero da OABPR, a universidade é “um microcosmo que reflete a sociedade”.

“Se a sociedade é violenta com as mulheres, certamente a universidade também será, caso não haja uma intervenção para que isso mude”, afirma Vanessa. Para ela há, no entanto, outros problemas que contribuem para que a universidade seja violenta com as mulheres. A cultura do trote, violenta com as pessoas em geral, adiciona no caso das calouras o “componente de gênero”, ou seja, além das agressões físicas, também haverá a violência sexual, como estupros, assédio, piadas machistas, comentários, situações que inferiorizam especificamente a mulher.

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Trotes que culminaram em estupros foram alvo de uma CPI da na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em 2015, após reiterados casos de abusos nos campi públicos paulista. A ação motivou uma mudança de regimentos e regras internas para prevenção de violências em algumas universidades como a PUC SP e a Universidade de São Paulo (USP).

“Isso deve provocar o papel do judiciário, que na realidade só age quando existe uma denúncia. Infelizmente a violência de gênero é um daqueles problemas difíceis de serem reconhecidos e enfrentados, tem alta legitimidade social, pois vivemos numa sociedade patriarcal, onde o machismo é tolerado”, diz Télia Negrão coordenadora de um órgão do ramo brasileiro da ONU para proteção à mulher.

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