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Com novo diretor executivo, a 4ª temporada de The Walking Dead foca mais no drama entre os personagens, deixando os zumbis em segundo plano | Divulgação
Com novo diretor executivo, a 4ª temporada de The Walking Dead foca mais no drama entre os personagens, deixando os zumbis em segundo plano| Foto: Divulgação

The Walking Dead tinha muitos elementos para uma fórmula clichê, mas após três bem sucedidas temporadas, a série baseada nos quadrinhos de Robert Kirkman se consolidou entre as favoritas do público. Sua quarta temporada, cujo episódio de estreia contou com 16 milhões de espectadores nos Estados Unidos, foi lançada no Brasil no dia 15 de outubro com um episódio que já dá o tom da temporada.

Depois de um final de temporada sem gancho para a próxima e com a perda de personagens-chave da trama, o episódio "30 Dias Sem Acidentes" traz um início mais zen, com menos foco na luta contra os zumbis e mais no funcionamento da nova comunidade, com um quê de Lost.

O grupo, que havia deixado de ser uma democracia, como impôs Rick Grimes na transição entre a segunda e a terceira temporada, agora tem um conselho composto pelos veteranos da prisão, já que a trupe ganhou novos integrantes, sobreviventes de Woodburry depois da batalha com o governador. Melhor não se apegar a ninguém, pois, quase ao modelo Game of Trones de matança, a qualquer hora seu favorito pode ser dilacerado em uma daquelas cenas que fazem deixar o lanchinho pra depois.

A mudança de produtor executivo – Glen Mazzara, das duas últimas temporadas, saiu devido a divergências com a emissora – tem impacto na série. Sob o comando de Dave Alpert, a quarta temporada ganha mais tom de drama e menos tensão, como se vê em uma cena marcante em que o xerife encontra uma sobrevivente na floresta. Também quando Michonne segura a pequena Judith no colo. (Só se espera que a série não se torne uma novela das nove.)

Os zumbis, bem trabalhados na maquiagem, estão mais numerosos, mas continuam lentos e frágeis. Já não intimidam muita gente. Porém, uma epidemia que atinge a comunidade da prisão assume a tarefa de elemento eliminador de personagens.

O protagonista Rick, cada vez mais bem interpretado por Andrew Lincoln, não quer saber de armas ou de zumbis; está levando uma vida mais bucólica, na medida do possível, tendo-se em conta um mundo dominado por mortos-vivos: cuida de porcos, das plantações e de seus filhos – Carl parece ter perdido a aura de assassino, ufa.

Daryl, considerado o favorito do público, está mais consolidado como líder e deixou para trás o conflitos com o irmão, que, diga-se, está fazendo falta – toda série precisa daquele personagem que estraga tudo, que todo mundo odeia mas adora, ao estilo T-Bag para os fãs da saudosa Prison Break. Ao mesmo tempo, Carol está cada vez mais forte e Michonne, mais humana, sem perder as habilidades samurais – ufa de novo.

O conflito central ainda não apareceu. Talvez dê as caras com o governador, que sumiu com seus capangas depois de assassinar seu exército, ou com os zumbis, que apesar de darem nome à série foram deixados em segundo plano. Cabe a Dave Alpert encontrar mais munição.

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