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"Não assinei, nem assinarei"

Ciro Nogueira não assinará Impeachment de Moraes: Café com a Gazeta do Povo

O Impeachment de Alexandre de Moraes, pauta prioritária da direita, já possui 40 apoios. Falta apenas mais um para o total de votos necessários para que o processo comece. Com isso, há a expectativa pelo afastamento temporário do ministro do STF. Mas a luta da direita só começou. Depois de pautada, a cassação do magistrado precisa de dois terços do senado para se tornar realidade. Dois senadores do PL ainda permanecem sem declarar apoio à pauta, e Ciro Nogueira, mesmo após visitar Bolsonaro em casa, resiste em dar seu posicionamento.

Os parlamentares da direita viram seus esforços gerarem resultados. Após ocupar as mesas do congresso, deputados e senadores conseguiram derrubar as sessões das duas casas. Mas não parou por aí: fizeram vigília para garantir que os trabalhos não retomariam. Enfim, se acorrentaram às cadeiras da mesa, exigindo que o Impeachment virasse discussão dos líderes parlamentares.

O Café com a Gazeta do Povo seguirá atualizando o placar de votos, com análise das mudanças mais importantes e dos posicionamentos de cada parlamentar.

Pacote de paz vai além do Impeachment

Em uma de nossas enquetes, obtivemos que 60% dos votantes acham o impeachment de Alexandre de Moraes. 35% consideram o impeachment a prioridade. Apenas 3% focam no braço estratégico: o fim do foro privilegiado. A ideia da oposição é tirar os julgamentos dos políticos das mãos de quem os indicou ou foram seus opositores políticos.

Há, no entanto, quem vá além, e peça, além do impeachment, a anulação de todos os processos em que Moraes foi relator. Por outro lado, o senador Romário (PL-RJ) e a senadora Eldócia Caldas (PL-AL) irritam seus colegas de partido ao não tomarem uma posição. Com a pequena resistência dentro do partido, os 54 votos parecem um desafio complicado para além dos 41 apoios que já custam vigília, ocupação da mesa e correntes nas mãos.

Diferente do Impeachment de Moraes, a anistia parece estar mais próxima de entrar na ordem do dia. Basta que Hugo Motta deixe a cadeira da presidência para que o Deputado Altineu Côrtes (PL-RJ) coloque o PL em votação. Ao menos essa foi sua promessa durante a entrevista coletiva que deu a luz ao termo "Pacote da Paz".

Ciro Nogueira fala em "pragmatismo"

Nome ligado ao Centrão, o Senador Ciro Nogueira (PP-PI) já chefiou a casa civil de Bolsonaro. Após ir à casa do ex-presidente, com autorização do Supremo, ele diz que prefere ser pragmático e não assinar o Impeachment de Moraes. Para Ciro, não é possível atingir a quantidade de votos necessários para que Moraes deixe o cargo.

Dentro do pacote da paz, portanto, o ex-ministro escolhe apoiar apenas dois terços da estratégia. O problema, no entanto, é que a pauta que decidiu rejeitar é justamente a em que poderia ser mais útil, uma vez que Ciro é senador e, portanto, mais um voto na contagem final.

O posicionamento não agradou em nada a direita. Os comentários nas redes sociais do senador o acusam de traição e covardia. Quem capitaneou as críticas foi Silas Malafaia.

Após tensão, presidentes do congresso reagem em sentidos opostos

A sessão de ontem na Câmara rendeu cortes e preocupações. A Deputada Júlia Zanatta (PL-SC) levou sua filha de 4 meses ao plenário. A oposição critica e denuncia ao conselho tutelar. Já a oposição vê hipocrisia por parte de um grupo político que sempre defendeu mulheres na política, especialmente aquelas que precisam, por vezes, levar os filhos ao trabalho.

Mas não parou por aí. A Polícia Legislativa quase foi colocada para tirar parlamentares da casa do povo a força. No meio de tanta confusão, enquanto Motta já reassumia a cadeira, a Deputada Federal Camila Jara (PT-MS) foi flagrada agredindo o Deputado Federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

Mas aliás, por que permitiram que Hugo Motta sentasse na cadeira da presidência? Segundo a oposição, há um acordo com o presidente da Câmara, para que o mesmo paute tanto anistia quanto fim do foro privilegiado. A bancada governista diz que não há acordo, e que tal afirmação é apenas uma desculpa para justificar o recuo da direita.

Na Câmara, porém, não houve desculpa. Davi Alcolumbre declarou taxativamente que não pautará o impeachment de Alexandre de Moraes, mesmo faltando apenas um apoio para que o projeto possa ser pautado.

Impeachment de Moraes em contagem regressiva: veja os destaques do Café com a Gazeta do Povo desta quinta-feira (7)

APÓS TENSÃO NA CÂMARA, OPOSIÇÃO FECHA ACORDO COM MOTTA;

ALCOLUMBRE FARÁ SESSÕES REMOTAMENTE PARA DRIBLAR OBSTRUÇÃO;

IMPEACHMENT DE MORAES ESTÁ A UM VOTO DE SER PAUTADO;

IVETE SILVEIRA DECLARA APOIO A IMPEACHMENT DE MORAES;

MECIAS DE JESUS DECIDE APOIAR IMPEACHMENT DE MORAES;

PARLAMENTARES SE ACORRENTAM À MESA DIRETORA COMO PROTESTO;

O Café com a Gazeta do Povo vai ao ar das 07h às 10h, no canal da Gazeta do Povo no Youtube.

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