Morte financeira. A expressão não é exagero. Incluído em uma lista que já possui um xerife do talibã e o líder de uma gangue no Haiti responsável pelo sequestro de cidadãos americanos, Alexandre de Moraes não pode ter bens nos EUA. Assim como já fizeram os controversos nomes incluídos no rol da lei Magnitsky, o ministro do STF também retirou todo e qualquer bem e aplicação financeira do solo americano. Mesmo assim, porém, o transtorno deve chegar. Cartões com bandeira americana não devem funcionar nem mesmo no Brasil. Qualquer empresa ou cidadão americano que negociar com Moraes, por mais simples que seja a transação, pode ser preso nos EUA.
A sanção é pesada, mas mais pesada do que elas pode ser a reação em cadeia. Outros países, com medo de sofrerem punições de Trump, podem adotar o mesmo expediente. Na União Europeia, por exemplo, já há articulações para replicar o que fez a Magnitsky nos EUA, aplicando sanções financeiras contra Alexandre de Moraes. Sem poder pisar ou negociar com cidadãos ou empresas dos EUA e da União Europeia, a situação do ministro pode significar de fato o que a expressão “morte financeira” prevê.
O governo não terá dias fáceis daqui pra frente. A lei Magnitsky escancara uma crise diplomática que envolve temas sensíveis ao mundo inteiro, como a própria liberdade de expressão. Enquanto isso, o governo brasileiro aguarda inerte pelas tarifas de 50%, anunciadas por Donald Trump. O presidente americano já oficializou a medida, que entra em vigor no dia 1º de Agosto.
Magnitsky e os 50% de Trump: veja os destaques do Café com a Gazeta do Povo desta quinta-feira (31)
EUA APLICAM LEI MAGNITSKY CONTRA ALEXANDRE DE MORAES;
TRUMP ASSINA DECRETO QUE OFICIALIZA TARIFA CONTRA O BRASIL;
AGÊNCIA BRASIL DEBOCHA DE CARLA ZAMBELLI EM NOTÍCIA;
EURODEPUTADOS PEDEM SANÇÕES CONTRA MORAES NA UNIÃO EUROPEIA;
O Café com a Gazeta do Povo vai ao ar das 07h à 10h, no canal da Gazeta do Povo no Youtube.
