Existem duas opções para que o STF tome uma decisão: ou coletiva, ou individualmente. A opção mais polêmica, é claro, é a decisão monocrática. Com ministros acusados de imparcialidade, tirania e enviesamento político, a decisão assinada por uma só mão ganha contornos de autocracia. Ali, os outros 10 ministros não aparecem, não votam. Que dizer então de uma decisão monocrática que surge após o próprio ministro abrir o inquérito? Diante de tudo isso, a Câmara pode reagir. Na Comissão de Constituição e Justiça, já avança um projeto que coloca cada ministro em pânico: toda decisão monocrática precisaria passar pelo plenário, logo na sessão seguinte.
Ministro Barroso não sabe se quer ser ex-ministro

Barroso não sabe se vai ou se fica. O agora ex-presidente do STF já aventou a possibilidade de aposentadoria antes do necessário, mas eventualmente recua. Mas não se trata apenas de uma decisão com impacto individual: com a saída de Barroso até o ano que vem, o STF ganharia mais um ministro indicado por Lula. O ministro daria esse presente ao atual presidente ou esperaria seu sucessor? Seja como for, uma possível aposentadoria modificaria a dinâmica de poder na casa, já que Barroso possui laços fortes com nomes da grande imprensa, trazendo para dentro do tribunal aqueles que levarão "fofocas" sempre regadas a "o clima nos bastidores é de...".
Tagliaferro é alvo de medidas restritivas na Itália

Na Itália, uma surpresa gerou atenção em um dia de noticiário político morno: Eduardo Tagliaferro, já alvo de pedido de extradição, foi detido pela polícia, mas logo lliberado. Entretanto, há agora uma medida restritiva: Tagliaferro deverá permanecer onde está, sem sair da itália ou da região em que vive.
Esse fato abre as páginas da história diplomática entre Brasil e Itália, com espaço para novos conflitos. Países historicamente serenos entre si agora colocam suas legislações cara a cara. Os conceitos basilares de uma democracia podem se chocar, quando diante de interpretações distintas. No meio disso tudo, Eduardo Tagliaferro. As revelações do ex-assessor do TSE trouxeram luz a um TSE banhado pelo medo do ministro Alexandre de Moraes e por atitudes no mínimo controversas. Se o governo italiano já tem ciência disso, ao menos parece, por ora, ignorar.
Governo cria novo imposto para multinacionais

Em meio a dificuldades de se manter em pé, o governo olha para o horizonte e ignora a porta estreita que seria o corte de gastos. Perto de encerrar o exercício de 2025, Lula resolve colocar mais lenha na fogueira de seu conflito com o empresariado, criando novo imposto que deve afetar as multinacionais. Cerca de R$3,4 bilhões sairão da roda da economia e entrarão nos cofres públicos, para depois serem destinados a programas sociais eventualmente apontados como eleitoreiros.
A ideia, é claro, partiu do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas recebeu endosso de seu chefe. Agora, há mais um motivo para que a oposição utilize o apelido "Taxad", que tanto irrita o ministro.
Ministros monocráticos ameaçados: veja os destaques do Café com a Gazeta do Povo desta quinta-feira (2)
- PROJETO QUER PROIBIR MANIFESTAÇÃO POLÍTICA EM SHOWS;
- CCJ DA CÂMARA APROVA PROJETO QUE PODE REDUZIR PODERES DE MORAES;
- GOVERNO LULA PRETENDE ARRECADAR R$3,4BI COM NOVO IMPOSTO;
- TAGLIAFERRO É ALVO DE MEDIDAS RESTRITIVAS NA ITÁLIA;
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