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Documento sem assinatura e sem data

Polícia Federal indicia Bolsonaro: Café com a Gazeta do Povo

Um documento em formato editável, sem data e sem assinatura foi suficiente para que a Polícia Federal indiciasse o ex-presidente Jair Bolsonaro e o Deputado Federal Licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O documento é um pedido de asilo político na Argentina. Com ele, os investigadores apontam que Bolsonaro estaria tentando fugir da aplicação da lei penal.

Novamente perto de ter outro processo penal em seu nome, Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar, vê aproximar-se 2026. Nas redes, a trend "eu só voto no Bolsonaro" continua em alta, mostrando a recusa da direita a qualquer substituto do ex-presidente. Milei ainda não se manifestou, mas uma saída de Bolsonaro do Brasil deixaria um leque de perguntas e possibilidades aberto.

"Embora se trate de um único documento em formato editável, sem data e assinatura, seu teor revela que o réu, desde a deflagração da operação Tempus Veritatis, planejou atos para fugir do país, com o objetivo de impedir a aplicação de lei penal"

Relatório da Polícia Federal

Oposição se solidariza com Malafaia

Com Bolsonaro já alvo de diversas ações e medidas por parte de Alexandre de Moraes, o foco da solidariedade da oposição voltou-se para Silas Malafaia, já que o organizador dos atos mais recentes da direita foi alvo de busca e apreensão logo que desceu no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. A Polícia Federal detalhou no relatório, dentre outras coisas, uma mensagem de Malafaia com duras críticas a Eduardo Bolsonaro:

A revelação, é claro, caiu bem para a esquerda, que usa do print para provocar a direita. Aqui, há a discussão sobre os vazamentos de conteúdo tanto da Polícia Federal quanto do Supremo Tribunal Federal. Os conteúdos tendem a gerar tensões internas na direita, daí o questionamento: é acidente ou estratégia.

Moraes tem cartão bloqueado

Enquanto Bolsonaro segue alvo do Supremo Tribunal Federal, os EUA seguem firmes no propósito de manter Alexandre de Moraes no rol de sancionados pela lei Magnitsky. A sanção já começa a fazer efeito: ao menos um banco brasileiro bloqueou um cartão do ministro. Em substituição, ofereceram um cartão Elo, de bandeira brasileira. Mas aqui há uma questão: estariam, com isso, ajudando Moraes? A Magnitsky, no final das contas, pode ser aplicada também a essas pessoas. Segundo o advogado Ricardo Scheiffer, a lei "autoriza sancionar quem “materialmente assistir, patrocinar ou prover apoio” a pessoa já bloqueada".

O mais importante: não há exceção “porque é chefe de governo estrangeiro”. É decisão discricionária e política, mas juridicamente possível.

Ricardo Scheiffer, Advogado

Vale lembrar que os ministros já recusaram o conselho da tropa econômica de Lula de abrir contas em cooperativas de crédito. O presidente inegavelmente correu sério risco. Segundo especialistas e pessoas próximas à articulação em prol das sanções, Lula poderia sofrer sanções ou mesmo restrições de entrada ao Brasil, caso o STF embarcasse na sugestão, justamente por promover o apoio material já citado por Scheiffer.

Polícia Federal indicia Bolsonaro: veja os destaques do Café com a Gazeta do Povo desta quinta-feira (21)

PF INDICIA BOLSONARO POR SUPOSTO PEDIDO DE ASILO À ARGENTINA;

OPOSIÇÃO SE SOLIDARIZA COM MALAFAIA APÓS OPERAÇÃO DA PF;

MORAES TEM CARTÃO BLOQUEADO APÓS APLICAÇÃO DA MAGNITSKY;

DINO FALA EM "ESPECULAÇÃO FINANCEIRA" APÓS IMPACTO DE DECISÃO;

O Café com a Gazeta do Povo vai ao ar das 07h às 10h, no canal da Gazeta do Povo no Youtube.

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