Sóstenes Cavalcante se apressou em explicar sua fala após a desobstrução da Câmara. O líder do PL esclareceu que fechou o acordo em prol da anistia e do fim do foro privilegiado com os líderes partidários, e não com Hugo Motta. Mas nem isso parece ter ocorrido: a primeira reunião após o tal acordo terminou sem que ambas as pautas entrassem na agenda do congresso. Culpa de Sóstenes ou dos líderes?
A oposição anuncia que fará nova obstrução, e Sóstenes seguirá articulando na Câmara. Enquanto isso, no senado, Davi Alcolumbre não cede de sua posição. O Presidente do Senado nega veementemente qualquer possibilidade de pautar o impeachment de Alexandre de Moraes.
Sóstenes articula na Câmara, enquanto ministros do STF debatem sanções
O Supremo Tribunal Federal está próximo de ter um novo presidente. Mas Edson Fachin já sinaliza postura semelhante a Luis Roberto Barroso. Em um evento do CNJ, Fachin falou em "erosão democrática", e convocou os magistrados da América Latina para o ativismo:
"Vivemos tempos de apreensão, com tentativas de erosão democrática e com ataques à independência judicial nas Américas. É aí que se situam essas próprias tentativas de enfraquecimento da convenção e das decisões da Corte Interamericana"
Edson Fachin, Ministro do STF
Se a oposição liderada por Sóstenes Cavalcante quer também o impeachment de Alexandre de Moraes, deverá estar atenta a sue novo presidente e aos impactos das sanções. Os ministros certamente estão. Gilmar Mendes já admitiu que ele e seus colegas discutem as consequências que sofrerão diante das sanções aplicadas pelo governo Trump.
“Temos conversado sobre eventuais consequências dessas medidas restritivas e de como outros países têm lidado com elas. Somente isso. No mais, não nos compete”
Gilmar Mendes, ministro do STF
Regulação das redes sociais volta à pauta
A oposição na Câmara ainda vê uma nova ameaça surgir, esta vindo de um influenciador digital. Ao expor o que se convencionou chamar de "adultização infantil", Felca fez reaquecer o lobby em prol da regulação das redes sociais. A direita prevê censura a conteúdos legítimos, e por isso, é contra. Com um tema delicado como o abuso de crianças encabeçando a proposta, convencer o centro a não apoiar tal Projeto de Lei é um desafio a mais em uma Câmara que se pretende obstruir.
Sóstenes frustrado, acordo fracassado: veja os destaques do Café com a Gazeta do Povo desta quarta-feira (13)
EDITORIAL: ALCOLUMBRE É APENAS PARTE DO PROBLEMA;
ANISTIA E FIM DO FORO FICAM DE FORA DA PAUTA DA SEMANA;
FACHIN FALA EM "TENTATIVAS DE EROSÃO DEMOCRÁTICA"
GILMAR ADMITE CONVERSAS ENTRE MINISTROS SOBRE SANÇÕES
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