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Crédito da foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Crédito da foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil | Foto:

A posse de Jair Bolsonaro como Presidente da República representa uma mudança profunda nas estruturas do Brasil. Desde a esfera política, passando pela economia e relações exteriores veremos um país diferente, que rejeita a velha forma de negociação no parlamento, possui a missão de destravar a economia e aproxima-se de nações que dividem os mesmo valores que os brasileiros.

A oposição, entretanto, começou antes da posse, com movimentos orquestrados que questionam as pautas, nomes e políticas do governo, apontando que fogem da tradição recente, mas esquecendo-se que foram aquelas escolhidas pela maioria do povo nas últimas eleições.

Fato é que o Brasil se tornou refém de uma forma de operar a política e de conduzir o governo, um modelo de Estado interventor, que opera pelo viés ideológico e corporativista.  Esta visão, consolidada através das últimas décadas, tornou-se um perigoso mantra que não acolhe versões contrárias, tampouco aceita uma nova forma de fazer política. Ao vencer com discurso no sentido oposto do lugar-comum, Bolsonaro tem diante de si o desafio de implementar uma agenda escolhida pelas urnas diante da resistência de um establishment desgastado e decadente.

A mudança mais sensível e perceptível ocorre em nossa política externa. Nesta frente, o Brasil tende a se aproximar de países com os quais divide valores e visão de mundo. As raízes ocidentais indicam o caminho, especialmente diante de um trabalho de reconstrução e reconexão com os princípios norteadores de nossa nação. A prudente distância colocada diante de regimes brutais que atentam contra seus indivíduos, aproxima o Brasil de outras nações, aquelas que dividem com nosso país o respeito pelas leis, democracia e a liberdade.

A economia é mais uma frente de quebra de paradigmas. A excessiva presença do governo deve ser diminuída diante de um audacioso projeto de privatizações e enxugamento de gastos, além de reformas estruturais que tragam racionalidade para o funcionamento deste novo modelo de Estado. Ações que em breve devem devolver equilíbrio para as contas públicas.

Na política, a negociação se dará por pautas, ao contrário do passado, quando o governo trocava cargos por votos no parlamento. Ao nomear técnicos afinados com propostas vitoriosas das urnas, a sinalização é que começa a se desenhar uma nova forma de fazer política. Ao negociar temas, ao invés de cargos, o objetivo é elevar o tom do debate político e realmente usar o parlamento como caixa de ressonância da vontade popular.

A resistência diante de mudanças tão profundas é enorme. A chegada de uma nova visão política ao poder quebra paradigmas e verdades universais que até então balizavam qualquer governo que chegasse ao Planalto. O Brasil não pode viver dentro destas barreiras, refém de uma ideologia ultrapassada e corporativista. A oxigenação política, com a chegada de novas ideias e projetos é parte fundamental do jogo democrático. A alternância no poder, agora com a chegada de um governo de corte conservador-liberal, fortalece nossa democracia, que esteve nas últimas décadas nas mãos de uma esquerda que se fortaleceu diante um falso debate, onde se alternavam a social democracia e o sindicalismo, duas faces de uma mesma moeda.

O Brasil tem a grande oportunidade de realmente fazer diferente, se libertar das amarras ideológicas que atrasaram nosso país durante décadas, de combater os mecanismos de corrupção que realizaram a manutenção destes grupos no poder, de atacar o imobilismo estatal na economia e se encaminhar para seu verdadeiro lugar no tabuleiro das relações internacionais. Uma nação virtuosa se faz com um projeto audacioso, que não se deixa pautar pelos interesses pré-estabelecidos ou por supostas verdades universais. Este governo foi eleito justamente para quebrar paradigmas, confrontar o sistema, sem render-se aqueles que desejam intimidar para que nada mude.

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