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Para Roberto Indech, da Rico, não é hora de tentar adivinhar o futuro,  senhor eleitor-investidor.
Para Roberto Indech, da Rico, não é hora de tentar adivinhar o futuro, senhor eleitor-investidor. | Foto:

Nesta última semana tivemos a oportunidade de assistir a uma série de entrevistas e sabatinas com os principais candidatos à Presidência da República. A cerca de 60 dias do pleito eleitoral, ainda estamos com ideias vagas sobre o programa de governo daqueles que estão à frente nas pesquisas para o Palácio do Planalto, em especial para a economia. Considerando a necessidade de um ajuste nas contas públicas do país, não descarto a possibilidade de que o novo ou nova líder do Brasil comece a cortar gastos ou implementar receitas por meio de novos impostos ainda em seu primeiro ano de mandato.

É verdade que, mais recentemente, algumas brechas começaram a se abrir, com a definição dos vice-presidentes e formação de alianças, especialmente almejando maior visibilidade nos programas de propaganda partidária de rádio e TV, o que clareou um pouco mais o cenário. Mas o fato é que, mesmo assim, a situação ainda é de muita indefinição. Além disso, as pesquisas até então divulgadas não apresentam mudanças relevantes no percentual de votação de cada candidato dentro da margem de erro.

Por todas essas razões, uma das principais recomendações que tenho dado quando me perguntam sobre as saídas para os investimentos – seja para os iniciantes neste universo  ou para àqueles que já realizam aplicações – é cautela.

Se os mercados de câmbio, bolsa e juros estão à espera do novo presidente, você, leitor e investidor, não deve querer adivinhar o futuro. Com o dólar variando entre R$ 4,00 e R$3,70 em curto espaço de tempo, a bolsa em alta de 10% em um mês e recuando 10% em outro, e com a expectativa para a taxa Selic variar entre 6,5% e 9% ao ano, para 2019 – para grande parte dos economistas de mercado – não vale a pena “chutar” quem será eleito e realizar uma aposta equivocada.

Isso já aconteceu em 2014 e, como diz aquele ditado, “Errar uma vez é humano, mas duas é demais”. Temos que aprender que é necessário trabalhar com os fatos já concretizados, apesar do risco de perder uma ou outra oportunidade. Além disso, é importante requisitar profissionais para auxiliar na identificação dos melhores investimentos do momento, e olhando para o longo prazo.

Por outro lado, não podemos deixar o dinheiro parado na poupança – uma das piores aplicações financeiras do país. Então, além de recomendar cautela, também indico olhar para os tradicionais CDBs de bancos médios e pequenos com liquidez diária e que contam com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), para o Tesouro Direto Selic e para Fundos de renda fixa com possibilidade de resgate do dinheiro no curto prazo e que apresentem taxa de administração abaixo de 0,5% ao ano. O objetivo destas sugestões é aguardar o melhor momento para rentabilizar o dinheiro da melhor forma possível, seja para o curto, médio ou longo prazo.

Em tempo: A Petrobras reportou seus números do segundo trimestre de 2018 como o melhor resultado desde 2011. Isso ainda é reflexo da boa gestão comandada por Pedro Parente na estatal. Apesar de a alta das ações da companhia após a apresentação dos números do seu balanço, os maiores riscos estão à frente, com a perspectiva na mudança da política de preços nos combustíveis, o que levou a alteração na presidência da estatal em junho, e as eleições de outubro no Brasil, que poderá modificar a estrutura de trabalho e da diretoria a partir de janeiro de 2019.

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