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CRIs, CRAs e debêntures são alguns tipos de investimentos capaz de alavancar ganhos. (Foto: Bigstock)
CRIs, CRAs e debêntures são alguns tipos de investimentos capaz de alavancar ganhos. (Foto: Bigstock)| Foto:

Os brasileiros, geralmente, têm um perfil conservador na hora de investir, optando por produtos que combinam rentabilidade de curto prazo com segurança. Prova disso é o que já temos discutido bastante nas últimas semanas. Ainda são mais de R$ 683 bilhões alocados na poupança e as aplicações que vêm crescendo um pouco mais são as de renda fixa (Tesouro Direto e CDBs), com aumento expressivo nos últimos anos por meio das plataformas digitais de investimentos. Em linhas gerais, essa mudança já é um bom começo, mas ainda, em especial os títulos do Tesouro Nacional, estão longe de ser as melhores opções em rentabilidade.

A verdade é que, se os investidores procurassem se informar um pouco mais, perceberiam que há um amplo e variado leque de opções mais ousadas que lhes permitiriam rentabilizar melhor seu dinheiro. Um bom exemplo são os títulos de crédito privado, que têm um rendimento maior no curto e médio prazo com segurança e possibilidade de liquidez rápida, ideais para quem tem o perfil conservador e planeja fazer um aporte inicial de R$ 1 mil.

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No entanto, estes tipos de aplicações ainda têm pouca visibilidade no Brasil. Hoje, apenas R$ 15,5 bilhões estão alocados em Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), Certificado de Recebíveis Agrícolas (CRA) e debêntures nas carteiras de pessoas físicas, o que corresponde a 3,6% dos R$ 432,1 bilhões em renda fixa, de acordo com a Anbima, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais. No mesmo período, R$ 182,8 bilhões estavam em aplicações de CDB e R$ 31,8 bilhões, no Tesouro Direto.

Se as pessoas fizerem uma comparação simples das taxas, sem dúvida, vão começar a mudar a forma de investir. Os últimos CRIs emitidos – que passaram a ser negociados nesta segunda (3) – rendem, em média, de 90% a 100% do CDI e ainda contam com isenção de imposto de rendaa, o que garante uma rentabilidade superior a grande parte dos CDBs e, principalmente, sobre os títulos do Tesouro Selic.

O que são e como funcionam CRIs, CRAs e debêntures

Para lhe ajudar a entender um pouco mais o que são os CRIs, CRAs e debêntures, vou explicar de forma bem objetiva. Os primeiros (CRI e CRA) são emitidos por uma instituição securitizadora, onde o dinheiro levantado por esses produtos financia, respectivamente, empresas dos setores imobiliário e agrícola. Diferentemente do CDB e do Tesouro Direto, que financiam, respectivamente, as instituições bancárias e o governo.

Já as debêntures são títulos de dívida de médio e longo prazo emitidas por empresas. O investidor se torna credor da companhia emissora ao adquirir essas aplicações. Há ainda as debentures de infraestrutura que também contam com a isenção do Imposto de Renda para pessoas físicas, proporcionando assim possibilidade de ganhos mais elevados.

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Além de um maior retorno, alguns dos títulos de crédito privado têm um fluxo de pagamento de juros semestrais ou anuais, ou seja, a cada período determinado na emissão desses ativos, o investidor pode receber os juros da aplicação. O cálculo da remuneração é baseado em índices pré ou pós-fixados. No caso dos CRIs e CRAs, o IPCA é o indexador mais comum, acrescentado de uma taxa prefixada e determinada antes do ativo ser negociado no mercado. Já para as debêntures, a remuneração é uma escolha da empresa emissora, sendo os mais comuns o IPCA e a taxa básica de juros (Selic).

Vale, porém, uma ressalva. Diferentemente dos CDBs e do Tesouro Direto, os títulos de crédito privado não são cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Por isso, recomenda-se aos interessados avaliar a nota de crédito das companhias concedida por uma agência de classificação de risco (rating). Outra ponto de atenção é a possibilidade de modificação dos termos ao longo do período de vigência do título. Como esses temas ainda geram dificuldades para os investidores iniciantes, sugiro conversar com um assessor de investimento para buscar entender todos estes termos.

Diante da existência de muitos CRIs, CRAs e debêntures incentivadas no mercado, muitos investidores não têm tempo disponível para avaliar a classificação de risco, rentabilidade, período de vencimento, fluxo de pagamento entre outras características de cada um. A melhor alternativa, neste caso, é colocar o dinheiro em um fundo de investimentos de crédito privado. Essa escolha deve levar em consideração as taxas de administração, bem como o histórico de rentabilidade, lembrando que ganhos passados não significam o mesmo retorno no futuro. Apenas fique ligado e peça para sua plataforma de investimentos lhe manter sempre informado!

Agora que você já sabe que CRIs, CRAs e debêntures são boas e mais rentáveis opções, não perca mais tempo e busque maximizar seus ganhos.

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