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Votar em candidatos populistas e que prometem aumento de gastos públicos não será bom para o seu bolso. (Foto: Bigstock).
Votar em candidatos populistas e que prometem aumento de gastos públicos não será bom para o seu bolso. (Foto: Bigstock).| Foto:

Em menos de um mês mais de 140 milhões de brasileiros vão escolher os candidatos de sua preferência a presidente, governador, senador, deputado federal e estadual. Esta, que já é, sem dúvida, a eleição presidencial mais complexa da história do país, tornou-se ainda mais imprevisível após o atentado contra um dos candidatos líderes nas pesquisas na semana passada. A esta altura você deve estar se perguntando: ok, mas o que isso tem a ver com meus investimentos?

Muita coisa! O fato é que o resultado da próxima eleição presidencial vai, sim, impactar diretamente no seu bolso, para o bem ou para o mal. Antes de votar, faça uma grande reflexão e avalie com muita calma os planos e propostas para a retomada do dinamismo econômico e a criação de um bom ambiente de negócios.

O principal ponto de atenção diz respeito às decisões mais difíceis a serem tomadas pelo novo governo após a posse, principalmente em relação à aprovação das inadiáveis e essenciais reformas (em especial a da Previdência), considerada imprescindível para a retomada de crescimento econômico do país. É fundamental entender com exatidão quais são as políticas e propostas de seu candidato para estes pontos.

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No caso da Previdência, por exemplo, que em tese seria a reforma mais madura e próxima de ser aprovada, diante das discussões e do relatório já existentes, não adiantará nada se o projeto que passar no Congresso tiver mudanças que ampliem as atuais distorções e desequilíbrios. Seu candidato precisa ter em mente mudanças efetivas e que tragam efeitos positivos no médio e longo prazo, ou seja, reforçando a disciplina imposta pela lei que limita o crescimento do gasto público. O mínimo que se espera é uma mudança de idade para a entrada na aposentadoria, seguindo o modelo mais moderno e já adotado pelos principais países da Europa.

Além da questão das reformas estruturais, é preciso ficar ligado também em propostas populistas e eleitoreiras que desafiam a realidade. O Brasil não pode se dar ao luxo de errar mais vez com um presidente com promessas inviáveis e que não se sustentam. Vale lembrar que desde 2014, as contas públicas operam no vermelho e, ainda assim, há candidatos que defendam a continuação do aumento do gasto público, o que não implica necessariamente em retorno para o cidadão, vide o que ocorreu com os recursos utilizados na construção dos estádios da Copa do Mundo em 2014 e o que eles se tornaram atualmente.

Esse aumento da máquina pública poderá gerar, além de elevação da inflação, estragos econômicos a curto, médio e longo prazos. Só para ficar bem claro, caso isso ocorra, entraremos naquele velho círculo vicioso – o consumo cai, os empresários não investem e, por fim, o país não cresce. Como já sabemos, em economias estagnadas o investidor estrangeiro não aporta recursos e, portanto, não vai haver demanda por reais que faça o preço do dólar cair – pelo contrário, a moeda americana vai para as alturas.

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Neste cenário com um presidente com propostas fora da realidade e populistas, correríamos o sério risco de, ainda em 2018, logo após as eleições, a moeda americana superar os R$ 5, impactando imediatamente a inflação e os juros (o que seria o pior dos cenários para a economia brasileira) e também todos os tipos de investimentos.

Sendo assim, quando você for votar, pense em um candidato que tenha propostas realistas e que seja firme nas reformas necessárias, de maneira a permitir que o país cresça de forma sustentável (com a Bolsa, os juros e o dólar em trajetórias favoráveis). Nesse caso, vale ressaltar que a Bolsa de Valores reflete as perspectivas para economia do país. Com isso, a expectativa, segundo dados Boletim Focus (relatório divulgado pelo Banco Central todas as segundas feiras pela manhã), teremos um final de ano tranquilo e previsões mais otimistas para 2019, com o dólar podendo voltar a um patamar aceitável de R$ 3,40/3,60, a Selic variando dos atuais 6,5% para no máximo 8% e a inflação estável – de cerca de 4% em 2019.

Fica ai a grande dica dos próximos dias. Acompanhe de perto e procure entender muito bem as propostas do seu candidato para evitar surpresas desagradáveis e que irão, sem dúvida, impactar nos seus investimentos e consequentemente no seu bolso. Vote consciente!

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