A Prefeitura de Curitiba deu mais um passo importante no cuidado com o meio ambiente com o lançamento, agora em 2025, do programa Meio Milhão de Árvores para Curitiba. O objetivo da iniciativa é plantar 500 mil árvores na cidade até 2030, fortalecendo a vegetação urbana e contribuindo para o combate ao aquecimento global, além de melhorar a qualidade do ar e promover a biodiversidade.
As entregas para o plantio das mudas de árvores aos moradores de Curitiba são feitas pelas dez regionais administrativas da cidade: Bairro Novo, Boa Vista, Boqueirão, Cajuru, CIC, Fazendinha/Portão, Matriz, Pinheirinho, Santa Felicidade e Tatuquara.
O plantio em áreas como parques, fundos de vales, ruas e avenidas fica sob responsabilidade da Prefeitura de Curitiba. Porém àqueles que planejam realizar o plantio nesses locais públicos é necessário consultar previamente a Secretaria Municipal do Meio ambiente para garantir o cumprimento das orientações e normas ambientais.
No lançamento do programa, em fevereiro, foram distribuídas 10 mil árvores. Já na semana do aniversário de 332 anos de Curitiba, ocorreu a segunda entrega do ano, com a distribuição gratuita de 20 mil mudas de árvores para a população. Cada administração regional recebeu 2 mil mudas, entre espécies nativas e frutíferas, para serem distribuídas para os curitibanos.
Modelo de eficiência urbana e eco sustentabilidade
Além do programa Meio Milhão de Árvores, a capital paranaense tem se destacado por suas iniciativas inovadoras com um conjunto de ações que visam transformar a cidade em um modelo de eficiência urbana e eco sustentabilidade.
Entre as principais iniciativas estão a chegada dos primeiros ônibus elétricos, a criação de novos parques alagáveis, o desenvolvimento da Reserva Hídrica do Futuro, a implementação do Hipervisor Curitiba e o Bairro Novo da Caximba, um grande projeto socioambiental, entre diversas outras.
Os ônibus elétricos, com emissão zero de poluentes, começaram a chegar à cidade no final de junho de 2024, marcando um importante passo na redução da poluição do ar e na modernização do transporte público. Em 2025, outros 54 ônibus elétricos estão sendo incorporados à linha Inter 2, ampliando a oferta de transporte sustentável e contribuindo para a qualidade do ar e a redução do impacto ambiental.
Inovação na contenção de cheias
Outra ação significativa da Prefeitura de Curitiba são os novos parques alagáveis que vão melhorar a impermeabilização dos solos e, com isso, reduzir o risco de inundações na cidade.
O Parque Colinas Abranches terá uma bacia de contenção de cheias e ficará perto do Parque São Lourenço, ajudando a melhorar a drenagem na região. Da mesma forma, com as mesmas funções de parque alagável, são o parque que será construído ao lado do Rio Barigui, no Bairro Novo da Caximba, e o parque que será implantado na primeira área na Reserva Hídrica do Futuro, no bairro Umbará, onde as obras já estão em andamento.
Já os parques São Francisco de Assis, no Taboão, e Manacá, na Barreirinha, serão áreas de preservação ambiental e dos recursos naturais ajudando na melhor absorção das águas das chuvas e favorecendo a permeabilidade do solo.
Os novos parques foram projetados especialmente para serem alagados com o excesso de água das chuvas. Esse tipo de espaço está na vanguarda em todo o mundo como medida ambientalmente correta, que usa a capacidade natural dos lagos, árvores, arbustos, solo e galerias pluviais para permitir o escoamento da água para locais onde ela não cause maiores danos em áreas residenciais. Ao reter e reduzir a velocidade da água, esses parques alagam e se tornam temporariamente bloqueados para o uso dos cidadãos.
Assim como os novos parques, a capital tem outros parques “alagáveis". Também possuem esse papel os parques Barigui, São Lourenço, Bacacheri, Tingui e Atuba. Os dois principais rios da cidade, o Barigui e o Belém, passam dentro dos parques Tingui, Barigui (Rio Barigui) e São Lourenço (Rio Belém) e o Rio Atuba no parque de mesmo nome.
Segurança no abastecimento de água em período de estiagem
A Reserva Hídrica do Futuro é outro projeto de grande importância para Curitiba. Estendida por cerca de 26 km, com 70% de sua área composta por lagos e corpos d'água, a reserva irá garantir o abastecimento de água para a cidade em períodos de estiagem prolongada. O projeto visa interligar as antigas cavas do Rio Iguaçu, no bairro Umbará, favorecendo a formação de lagos que poderão suprir a cidade em momentos de necessidade hídrica.
A Prefeitura de Curitiba também tem procurado integrar ações ambientais e sociais. O Bairro Novo da Caximba é o maior projeto socioambiental da história recente de Curitiba. Ele visa reassentar 1.147 famílias que viviam em situação de vulnerabilidade em áreas de risco na bacia dos rios Barigui e Iguaçu. Além das novas casas, o projeto inclui a construção de um parque linear, equipamentos de saúde e educação, e outros serviços essenciais para promover a qualidade de vida e o bem-estar da população.
Plano de resiliência às mudanças climáticas
Algumas dessas iniciativas da Prefeitura fazem parte do Plano de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas de Curitiba (PlanClima), lançado em 2020, que visa tornar a cidade mais resiliente às mudanças climáticas. O PlanClima inclui uma série de projetos e programas voltados para o desenvolvimento urbano sustentável, como a Pirâmide Solar de Curitiba, que busca incentivar o uso de energia solar em larga escala, e o Fundo Anticrise, um mecanismo criado para enfrentar desastres naturais e emergências climáticas.
O Fundo Anticrise é uma das principais inovações do PlanClima. Criado com um valor inicial de R$ 160 milhões, em 2020, o fundo é abastecido com recursos provenientes do superávit fiscal da cidade, com 20% desse superávit destinado a situações de emergência. O fundo tem como objetivo garantir a capacidade de Curitiba de responder rapidamente a desastres naturais, como fortes chuvas, secas e outros eventos climáticos extremos, minimizando os danos à população e aos recursos urbanos. O fundo se mostra uma ferramenta essencial com o crescente risco de eventos climáticos mais intensos.