No dinâmico mercado de trabalho atual, a empregabilidade e os indicadores de contratação são fatores essenciais para garantir que as empresas atraiam e retenham talentos qualificados. Entretanto, para garantir que os processos de seleção sejam de fato eficazes, as organizações devem adotar um alto padrão de qualidade.
Para o líder do Grupo de Aprendizado e Conexão Indicadores de RH da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Paraná (ABRH-PR), professor e palestrante em Gestão Avançada de Pessoas, Maurício Kraemer, as organizações devem considerar três pilares como essenciais: compreensão do perfil comportamental e técnico do cargo, clareza na seleção e ambientação do novo colaborador.
“As empresas devem utilizar alguns indicadores para manter o alto desempenho do colaborador. Posso dizer que as melhores organizações usam o TMC (Tempo médio por contratação), o Índice de retenção e engajamento (em período médio de um ano) e, principalmente, a Produtividade e Entrega com resultados e performance esperada”, avalia Kraemer.
A análise de dados em processos seletivos
Um processo seletivo de excelência e moderno, deve ter profundidade. Uma empresa precisa desenvolver um banco de talentos de candidatos e/ou uma terceirizada em seleção de bom nível, mantendo-o sempre atualizado. Também é essencial ter claro quais serão os OKR´S (Indicadores de performance), as Softskills (competências comportamentais) e as Hardskills (competências técnicas) necessárias para cada integrante do time.
A percepção de uma "crise de talentos" não está na falta de candidatos, mas na dificuldade de encontrar profissionais que se adequem às necessidades das organizações. Com a concorrência acirrada, quem é bem qualificado e especialmente “raro” para o mercado normalmente já está contratado.
“Algumas organizações afirmam que ‘quem seleciona é a empresa’, mas esquecem de algo muito importante: ao se candidatar a uma vaga, ela também está sendo selecionada pelo candidato. Então o maior desafio é atrair pessoas que ‘selecionem a empresa’ e que possuam as qualificações que culminem com a necessidade para os dois lados”, reflete Kraemer.
Assim, a análise de dados é um diferencial competitivo para tornar as contratações mais assertivas. Empresas devem revisar constantemente as descrições de cargos, desafios e expectativas de performance, transformando essas informações em provas situacionais, dinâmicas de grupo e jogos corporativos.

“Esse método cria um ‘indicador de performance pré-contratual’, ajudando a reduzir erros na escolha de profissionais e alinhando melhor as expectativas entre empresa e candidato”, observa o professor.
Tendências futuras devem influenciar processos de recrutamento e seleção
Para manter os melhores profissionais engajados e produtivos, o líder do Grupo de Aprendizado e Conexão Indicadores de RH da ABRH-PR, Maurício Kraemer, alerta que é preciso acompanhar pesquisas e debates atuais.
“Em um mundo digital, com novas demandas, novas tecnologias, novos desafios, IA, entre outras mudanças, as empresas precisam ser criativas, remunerar faixas consideráveis de mercado, investir em treinamento e desenvolvimento contínuo, demonstrar estes resultados através de medição de indicadores de RH & DHO”, finaliza.
Com essas práticas e a utilização de indicadores de RH & DHO, as empresas não apenas contratam com mais assertividade, mas também garantem a produtividade e o crescimento sustentável de seus times.
Informações sobre a ABRH-PR no site: https://abrh-pr.org.br/

