A gestão de equipes compostas por múltiplas gerações já não é uma novidade no ambiente corporativo atual. Apesar disso, cada geração traz consigo valores, expectativas e estilos de trabalho distintos, representando desafios e também oportunidades significativas para as organizações.
Enquanto os profissionais mais experientes tendem a valorizar a estabilidade, a hierarquia e os processos bem definidos, os mais jovens, especialmente as gerações Y e Z, chegam com um olhar voltado para agilidade, propósito e flexibilidade. Essa diversidade de perspectivas que molda a cultura de uma organização, vem sendo discutida pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-PR), como forma de contribuir significativamente desde os processos internos até o posicionamento no mercado.
Segundo uma pesquisa realizada pela PwC Brasil, 65% das empresas ainda não implementaram programas ou iniciativas para promover a inclusão geracional. Para o Superintendente do Instituto Euvaldo Lodi - IEL Paraná, Alessandro de Castro, quando existe uma boa gestão, esse encontro de visões pode ser extremamente rico.
“É da diversidade que nascem soluções inovadoras. O segredo está em cultivar uma cultura de respeito e colaboração”, pontua Castro.
Estratégias para engajar e reter talentos em equipes multigeracionais
Os valores e as aspirações de cada geração impactam diretamente a cultura organizacional e a tomada de decisão no meio corporativo. A geração mais jovem, por exemplo, tem pressionado as empresas a se posicionarem com mais clareza sobre temas como sustentabilidade, diversidade e inclusão. Já os profissionais mais maduros contribuem com uma visão mais pragmática, baseada em experiência e resiliência.
De acordo com o Superintendente do IEL Paraná, é preciso criar uma cultura flexível, mas com princípios muito bem definidos. Investir em escuta ativa, programas de desenvolvimento contínuo, mentoria reversa e modelos de carreira adaptáveis são caminhos para manter esses talentos engajados por mais tempo.
“A chave está na personalização da jornada. As empresas precisam criar um ambiente onde todas as gerações se sintam valorizadas pelas suas competências. É preciso construir pontes e evitar estereótipos”, afirma Castro.

Expectativas para o futuro da gestão multigeracional
A preparação passa, antes de tudo, por mentalidade. É indispensável que as organizações se preparem para as mudanças geracionais atuais e as que ainda virão, cultivando uma cultura de aprendizado contínuo, aberta à escuta e que incentive a inovação.
Investir na capacitação das lideranças para conduzir equipes diversas com empatia, inteligência emocional e visão de futuro é um dos primeiros passos recomendados pelo Superintendente. Além disso, é preciso criar estruturas organizacionais mais horizontais, em que a colaboração entre diferentes perfis seja incentivada.
“O futuro do trabalho será, cada vez mais, intergeracional. E isso, se bem conduzido, é uma enorme vantagem competitiva.”, finaliza Castro
Mais informações: https://abrh-pr.org.br/

