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Líder deve exercer o papel de agente de engajamento e transformação dentro das organizações

O assunto será tratado no XVIII CONPARH, o mais importante evento de gestão de pessoas do Estado, que acontecerá nos dias 22 e 23 de outubro

Alexandre Marins, Diretor de Desenvolvimento de Talentos da LHH na América Latina
Alexandre Marins, Diretor de Desenvolvimento de Talentos da LHH na América Latina (Foto: Divulgação)

ABRH-PR - Associação Brasileira de Recursos Humanos

17/11/2025 às 08:00

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No universo corporativo, ainda há quem enxergue a cultura organizacional como um tema abstrato ou secundário. Mas essa percepção vem mudando, e precisa mudar. Alexandre Marins, Diretor de Desenvolvimento de Talentos da LHH na América Latina, é categórico ao afirmar: “A cultura sempre é preponderante. Ela dita a forma como as coisas acontecem dentro de uma organização”.

Alexandre esteve em Curitiba em outubro como palestrante do XVIII CONPARH, no pilar “Pertencimento e Cultura:  o Elo Invisível”, em que falou sobre como a cultura organizacional pode ser um poderoso instrumento de engajamento, sobretudo quando ancorada no papel ativo da liderança.

Segundo ele, muitas empresas ainda subestimam a cultura porque priorizam o planejamento estratégico e os indicadores de resultado. “Acredita-se que, ao definir metas, ações e responsáveis, o sucesso será consequência. Mas essa é uma abordagem racional e pragmática que esquece os fatores humanos”, pontua.

E é justamente no aspecto humano que moram o maior desafio e a maior oportunidade. “A cultura é o ‘como’ as decisões são tomadas, como as pessoas se comportam no dia a dia. Quando não é compreendida ou gerida, pode atuar silenciosamente como barreira para o negócio”, afirma Alexandre.

Cultura começa pelo líder

Para o especialista, a liderança tem papel central na formação e consolidação da cultura. “Ela nasce do exemplo dos líderes, do que valorizam, recompensam e toleram. Por isso, o primeiro passo é a tomada de consciência individual, ou seja, entender como meu estilo de liderança afeta o engajamento das pessoas e quais comportamentos precisam mudar”.

Alexandre destaca que essa consciência precisa ser intencional e disciplinada. “É preciso agir de forma consciente todos os dias, manter o diálogo aberto com a equipe e se retroalimentar com feedbacks. Só assim o líder conseguirá construir um ambiente de confiança, pertencimento e propósito”, acentua.

Engajamento não é acaso

Entre os principais fatores que impulsionam o engajamento, Alexandre destaca o senso de propósito, a clareza de papéis e a criação de ambientes seguros. “As pessoas precisam saber por que o que fazem é importante e se sentirem valorizadas por isso. Feedback contínuo, apoio ao desenvolvimento e proximidade são práticas fundamentais”.

Mas transformar a cultura, especialmente quando se está diante de um processo de mudança, não é simples. Envolve mexer com hábitos arraigados, crenças pessoais e estruturas de poder. “Nosso cérebro busca estabilidade. Mudança exige novas atitudes e, muitas vezes, competências que ainda não existem dentro das equipes”, constata.

Para os líderes que enfrentam um choque cultural ou uma mudança significativa, antes de tudo é preciso um mergulho pessoalPara os líderes que enfrentam um choque cultural ou uma mudança significativa, antes de tudo é preciso um mergulho pessoal (Foto: Shutterstock)

Como mudar, na prática

Segundo Alexandre, a transformação cultural é uma jornada sistêmica e precisa ser tratada como tal. “Não basta comunicar a mudança. É preciso sensibilizar, provocar reflexão e mostrar o porquê da mudança, seus ganhos individuais e coletivos. Só assim é possível diminuir resistências e engajar as pessoas”.

Outros pontos críticos são o papel da liderança, que precisa ser modelo, e a revisão dos sistemas de meritocracia. “Se só importa o resultado, independentemente do ‘como’ ele foi alcançado, a mensagem é que a cultura não importa. Isso mina todo o processo”, alerta.

Além disso, a sustentação da mudança exige acompanhamento contínuo. “É preciso medir, colher feedbacks e ajustar a rota quando necessário. Mudança cultural sem gestão é só discurso bonito”, resume.

Olho do furacão

Para saber se a cultura está realmente fazendo diferença no engajamento, Alexandre recomenda a combinação de ferramentas estruturadas com práticas regulares. “Pesquisas de clima ou de pulso ajudam a acompanhar a percepção dos colaboradores ao longo do tempo e identificar áreas que precisam de atenção. Isso permite que a liderança atue com mais precisão”.

Para os líderes que enfrentam um choque cultural ou uma mudança significativa, antes de tudo é preciso um mergulho pessoal. “Compreenda a motivação da mudança e como ela te impacta. Você só conseguirá liderar algo que de fato compreende e abraça”, afirma.

Depois, é hora de colocar o time junto nessa jornada. “Comunique, aproxime-se, oriente. Reconheça quem está fazendo o esforço. E, sobretudo, busque o apoio da comunidade de liderança. Juntos, os líderes ganham força para transformar não só comportamentos, mas a própria organização”.

Quer saber como foi o XVIII CONPARH? Acesse o link.

Informações sobre a ABRH-PR, no site.

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