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Recursos do governo Paraná para o BRDE ampliam capacidade de crédito e investimentos no estado

Aporte de R$ 200 milhões do governo paranaense potencializa o banco para atrair mais de R$ 1 bilhão destinado a financiamento e crédito na Região Sul

O impulsionamento do agronegócio do Paraná é um dos focos dos investimentos do BRDE.
O impulsionamento do agronegócio do Paraná é um dos focos dos investimentos do BRDE. (Foto: Aquivo BRDE)

BRDE

17/06/2025 às 11:08

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Ao encerrar 2024, os paranaenses tiveram uma boa notícia: O governo do Paraná autorizou aumento de capital do BRDE - Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo.  A medida, estabelecida na Lei nº 22.210, prevê aporte de R$ 200 milhões para o banco. O anúncio é de vital importância para os paranaenses. Todos os recursos injetados pelo Executivo paranaense serão usados no Paraná, o que amplia a capacidade de crédito e investimentos nas mais diversas áreas no estado.

Mas não é só o Paraná que sai ganhando. Os R$ 200 milhões do governo paranaense tem potencial de alavancar seis vezes o valor capitalizado, ou seja, o BRDE poderá atrair mais de R$ 1 bilhão para financiamento a empresas do Sul do Brasil.

Isso ocorre porque, ao aumentar seu capital, o banco fortalece sua estrutura financeira e capacidade de conceder crédito e de suportar riscos, o que impulsiona a capitalização de recursos. É o que, no mundo financeiro, é chamado de capacidade de alavancagem. Quanto maior a alavancagem, maior a possibilidade de atrair novos investidores e, consequentemente, aumentar a disponibilidade de recursos para financiar operações e investimentos. 

Com maior capacidade alavancagem, o BRDE busca recursos de terceiros, seja no mercado com emissão de papeis, como LCA e LCD, seja em bancos multilaterais estrangeiros, como Banco Mundial, BID, AFD e outros, ou em bancos de Fomento no Brasil ou fundos, como o BNDES, FGTS, Fundo para Turismo, FINEP e outros. Com isso, o banco O BRDE se fortalece e pode continuar cumprindo sua missão de desenvolver o Sul do Brasil e o Paraná com mais crédito para quem produz.

Financiamento do BRDE trazem melhores resultados que no restante do país. Financiamento do BRDE trazem melhores resultados que no restante do país. (Foto: (Imagem: Relatório do BRDE 2024)

Para a Diretoria Administrativa do BRDE, um dos principais objetivos do aporte feito pelo governo paranaense é reduzir a desigualdade patrimonial da agência do Paraná do BRDE em relação às demais, que operam em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A nova medida permitirá expandir a capacidade de financiamento do banco e, com isso, possibilitar que a agência paranaense atenda de forma adequada à crescente demanda por crédito no estado.

O aumento do capital do BRDE implica, segundo a Diretoria Administrativa, em melhor avaliação do banco junto às suas fontes de recursos, como Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e bancos multilaterais, isto é, os bancos internacionais. Cada uma dessas fontes poderá disponibilizar mais recursos para o BRDE a partir do novo patamar que o banco alcança de alavancagem.

A capitalização realizada foi destinada, conforme lei autorizativa proposta pelo governo do Estado, para o Fundo PROMOVESUL. Este fundo foi criado a partir de uma capitalização anterior, de 2014, e é rotativo, com aplicação exclusiva no Estado do Paraná. Hoje o fundo é de R$ 700 milhões e financia projetos de investimentos produtivos de todos os segmentos da economia paranaense. São recursos próprios do BRDE oriundos de capitalização do estado do Paraná.

Aumento de contratações impulsiona o desenvolvimento

Os recursos disponibilizados pelo BRDE aos paranaenses têm contribuído para a expansão do crescimento econômico e social. Em 2024 foram registradas 3.989 novas operações no Paraná, aumento de 3,5% em relação ao ano anterior. No total, chegou-se a R$ 2,07 bilhões em novas contratações no estado. Nos três estados do Sul, onde o banco atua, além de parte do Mato Grosso do Sul, o total chegou a cerca de R$ 6 bilhões em contratos.

O setor do agronegócio do Paraná ficou com R$ 910 milhões de todos os negócios do banco no estado. Em seguida, o setor de comércio e serviços, com R$ 589 milhões. Com fortes investimentos em inovação e desenvolvimento de novos produtos, a indústria instalada em território paranaense somou R$ 375 milhões.

Com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o BRDE colocou R$ 264 milhões em projetos voltados à inovação no Paraná. Esses recursos financiam empresas inovadoras em desenvolvimento de produtos, processos ou serviços; investimentos fixos para a modernização das instalações; aquisição, no mercado interno, de softwares e serviços correlatos desenvolvidos no Brasil; gastos com matéria-prima e materiais de consumo, treinamentos e serviços de consultoria.

As micro, pequenas e médias empresas paranaenses ficaram com R$ 456 milhões, enquanto os produtores rurais no estado contaram com R$ 508 milhões.

Houve repasses de recursos também para empresas de grande porte, projetos voltados ao setor de infraestrutura, investimentos em obras de urbanização, resiliência e prevenção a eventos climáticos, saneamento e iluminação pública, além de prefeituras de todas as regiões do estado.

Um destaque das ações do BRDE no estado é a concessão de crédito para o Programa Estadual de Irrigação – o Irriga Paraná, criado pelo governo paranaense. O programa envolve a subvenção do Banco do Agricultor Paranaense, gerido pela Fomento Paraná, a análise e o encaminhamento dos projetos dos empreendedores rurais pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Instituto Água e Terra (IAT), entre outros.

A iniciativa destina cerca de R$ 200 milhões para o programa, com repasse de R$ 150 milhões em linhas de crédito facilitadas para a implantação de sistemas de irrigação. O BRDE destinou inicialmente uma linha de crédito específica de R$ 42 milhões, com taxas de 7% a 12% ao ano, conforme o valor do financiamento e disponibilidade de fontes de subvenção.

Outro destaque do banco, inclusive com repercussão internacional, são os programas e ações de fomento à economia verde e à equidade social. O Fundo Verde e de Equidade foi um dos programas do BRDE selecionado na COP 16, que aconteceu em Cali, na Colômbia, em 2024. Criada há dois anos, a iniciativa busca estruturar e potencializar as ações do banco na promoção de impacto social, ambiental e climático na região Sul do Brasil.

Investimentos do BRDE aumentam a criação de postos de trabalho no Paraná a cada ano.Investimentos do BRDE aumentam a criação de postos de trabalho no Paraná a cada ano. (Foto: Relatório BRDE)

Outra conquista nesta área foi a conquista, pelo segundo ano consecutivo, do Selo Clima, na categoria A – mercado interno, concedido pela Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Paraná (Sedest). É o reconhecimento do compromisso de entidades ao combate às mudanças climáticas e redução de emissões de gases de efeito estufa.

Para 2025, a meta da agência paranaense do BRDE é financiar R$ 2,3 bilhões. A previsão é que, como o registrado em anos anteriores, o agronegócio deve liderar. Mas é importante observar que o PROMOVESUL será utilizado notadamente para beneficiar indústrias e comércio, com financiamento médio de R$ 2 milhões. Também beneficiará projetos de menor porte numa nova plataforma do BRDE, com crédito simplificado. O programa está em fase piloto, mas um montante de R$ 1,5 milhão já foi desembolsado para 11 operações de até R$ 200 mil cada uma.

Crescimento de 20% e recorde de R$ 21,5 bilhões em carteira de crédito

Com cerca de R$ 6 bilhões (R$ 5,970 bilhões) em novos financiamentos no ano de 2024, o maior volume já registrado desde sua fundação, o BRDE superou a marca de R$ 21,5 bilhões no saldo de operações de crédito em todos os estados de sua área de atuação, um crescimento de 20,6% na comparação ao ano anterior. O ativo total do banco registrou avanço ainda mais expressivo, de 21,3%, chegando a R$ 25,6 bilhões. Os números consolidam o BRDE como a segunda maior instituição de fomento do país, atrás apenas do BNDES, e a maior em termos de atuação regional. 

Os resultados do balanço financeiro divulgado em 31 de março deste ano indicam que o lucro líquido do banco fechou em R$ 472,5 milhões, representando redução de 8,6% em comparação a 2023. Mesmo assim, trata-se do segundo melhor resultado operacional da série histórica, impactando num crescimento de 9,6% no patrimônio líquido do banco (R$ 4,96 bilhões), o que permite maior capacidade financeira para novas captações de recursos e novas linhas de crédito.

Houve avanço no financiamento para os principais setores econômicos da região Sul, em especial para o agropecuário, com crescimento de 17,4% ao alcançar R$ 1,934 bilhão em novos contratos. Comércio e serviços ficaram num patamar muito próximo (R$ 1,917 bilhão / 6,5% maior que 2023) e a indústria teve um total de R$ 1,409 bilhão, subindo 15,5% na comparação ao ano anterior. Os investimentos em infraestrutura caíram 38,2% e ficaram em R$ 709 milhões.

Foco em 2025

O planejamento do BRDE para 2025 reforça a atenção do banco para a sustentabilidade e ações de programa de inovação e desenvolvimento econômico. Entre as prioridades estão os projetos de transição energética, apoio a startups e o desenvolvimento de "cidades inteligentes", além do uso de novas tecnologias no agronegócio, na indústria e nos serviços. O banco também continua investindo em educação financeira e em iniciativas para o desenvolvimento cultural. 

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