Com 30 anos de história no Paraná, a Brioche se consolidou como referência em produção artesanal de pães e, hoje, mantém duas unidades em Curitiba. A padaria tem fabricação própria e adota um processo minucioso, que combina ingredientes selecionados, fermentação natural e tradição familiar. O resultado são pães fresquinhos que, além de vendidos na loja, são transformados em receitas sofisticadas para o espaço café, como os sanduíches e toasts.
A produção começa cedo — literalmente. Segundo Cristina Miara, sócia-proprietária da Brioche, o preparo dos pães leva em média 24 horas. “Batemos a massa hoje para assar amanhã. O processo de fermentação lenta, com crescimento em etapas, garante estrutura, sabor e textura únicos”, explica.
O diferencial da casa está no uso de dois métodos tradicionais de pré-fermentação: o poolish e o levain — elementos centrais da panificação artesanal. O poolish, de origem polonesa e refinado pelos franceses, é um fermento híbrido feito com farinha, água e fermento biológico em proporções iguais. Fermenta por até 16 horas e produz pães mais leves, com crosta fina e miolo macio, como as baguetes.
Já o levain, ou massa madre, é um fermento 100% natural, criado apenas com farinha e água. Ele abriga microrganismos vivos que conferem ao pão um sabor ácido, aroma intenso e textura rústica. Existem dois tipos: o levain de massa mole (mais ácido, usado em pães rústicos) e o de massa dura (mais suave, usado em panetones e broas italianas). Produzir um levain do zero pode levar sete dias ou mais, mas resulta em um fermento exclusivo e cheio de identidade.
Entre os pães mais queridos pelos clientes estão o croissant de manteiga, a baguete francesa e a ciabatta, todos elaborados com farinha especial importada. “Mesmo com o avanço do mercado nacional, alguns produtos ainda exigem a farinha francesa para entregar o padrão que buscamos”, conta Cristina. A matéria-prima chega por meio de distribuidores especializados, garantindo regularidade e qualidade.
O cuidado técnico com a massa — seja com o uso de pré-fermentos ou com o controle de temperatura na fermentação — é apenas o começo. Na Brioche, a fabricação própria permite que o mesmo pão esteja na vitrine da loja e componha o cardápio do café. “A gente faz aqui, transforma aqui e serve aqui. Esse ciclo completo é o que dá personalidade à nossa padaria”, afirma.
Cristina destaca que os clientes se encantam com a experiência de provar uma receita no café, como um toast feito com a broa italiana, e descobrir que o pão usado está disponível para compra. “Tem gente que pergunta: ‘Que pão é esse? Quero levar para casa!’”, diz. Essa conexão entre produto e experiência reforça a proposta da Brioche de transformar momentos cotidianos em ocasiões especiais. A Brioche conta com duas unidades em Curitiba: na Rua Augusto Stresser, 839 — Juvevê; e na Rua Silva Jardim, 2332 — Água Verde. Ambas funcionam diariamente, de segunda a domingo. Mais informações podem ser consultadas no site oficial da padaria: briochepadaria.com.br.

