As cirurgias robóticas chegaram em Curitiba para ficar. A tecnologia está na cidade desde dezembro de 2016, quando o Hospital Erasto Gaertner conseguiu seu primeiro equipamento do gênero com a ajuda de doações. Hoje, já são pelo menos mais três robôs em plena atuação na capital paranaense.
As máquinas são uma inovação poderosa porque representam mais conforto para o cirurgião e segurança para os pacientes. Nessa técnica, os instrumentos são operados pelo próprio médico com a ajuda de um sistema automatizado. Os movimentos orientados pela equipe humana são reproduzidos por braços robóticos de alta precisão.
Cada robô utiliza pinças muito delicadas, que realizam procedimentos complexos e podem acessar áreas pequenas e remotas dentro do organismo. Com isso, as chances de complicações e hemorragias tendem a cair drasticamente.
Não à toa, o equipamento é usado em operações difíceis, que exigem assertividade e exatidão. A lista inclui cirurgias como:
- Na região pélvica, incluindo próstata e reto;
- Ginecológicas, como de útero e ovários;
- Bariátrica;
- Tratamentos oncológicos, principalmente envolvendo tumores em órgãos como esôfago e intestino.
O cirurgião do aparelho digestivo Luís Sérgio Nassif (CRM 7870 PR), da Clínica Nassif, explica que a contribuição dos robôs para os procedimentos invasivos chegou para ficar e deve se expandir ainda mais nos próximos anos.
“As operações robóticas juntam tudo que existe de melhor atualmente, proporcionando mais precisão nos pontos, influenciando positivamente no pós-operatório e melhorando até a qualidade da anestesia. Na parte oncológica, o robô consegue retirar mais gânglios e expor uma imagem mais limpa para o cirurgião visualizar a região em que está trabalhando”, conta.
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Além da máquina disponível no Erasto Gaertner, Curitiba ainda dispõe de robôs nos hospitais Pilar, Nossa Senhora das Graças e Marcelino Champagnat — este último no modelo X, a maior novidade disponível no mercado.
Pesquisas de longa data dão respaldo à cirurgia robótica
Apesar do ar futurista, a cirurgia robótica não é uma tendência experimental. Os estudos que resultaram no avanço tecnológico já são conduzidos há décadas em alguns dos principais centros de pesquisa no mundo.
Para se ter uma ideia, o primeiro modelo de braço robótico, que recebeu o nome de AESOP 1000, foi aprovado para uso em 1994. Em 2008, o renomado Hospital Albert Einstein, em São Paulo, já realizava cirurgias robóticas de próstata.
Não é preciso ter medo do procedimento. O robô não faz nada por conta própria. Toda a equipe médica altamente capacitada é que está operando a máquina, que apenas facilita os movimentos, já que é mais delicada e tem menos instabilidade do que mãos humanas.
Hoje, os curitibanos podem acessar um serviço de primeiro mundo na capital, com uma ansiedade muito menor em relação ao pós-operatório. Alguns dos benefícios em relação a outras modalidades cirúrgicas são:
- Um procedimento menos invasivo, com cortes menores, que tende a deixar cicatrizes mais discretas e reduz as possibilidades de infecções quando o paciente vai para casa;
- Período menor de internação e recuperação veloz, sem precisar ficar “de molho” em casa por muito tempo;
- Probabilidade muito menor de hemorragias e sangramentos;
- Menos dores;
- Precisão maior nos movimentos, mesmo em locais muito delicados, otimizando os resultados e aumentando a chance de que os objetivos sejam atingidos.
Não há dúvidas de que os procedimentos cirúrgicos automatizados são uma mudança permanente e que trazem muitos benefícios para quem precisa passar por operações de alta complexidade.
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