Uma arquitetura com tradição, contexto e, principalmente, respeito às condições locais, ao clima, vegetação e topografia em que está inserida, transmitida de geração em geração. Assim pode ser definida a arquitetura vernacular, que ganhou atenção e espaço em projetos e produtos nos últimos anos.
Para a arquiteta Marne Schwab, da Criare Planejados, trata-se de uma arquitetura simples e popular, muito antiga, tradicional e totalmente sustentável. “A arquitetura vernacular não segue um padrão estético, o que a diferencia da arquitetura tradicional. Ela prioriza a funcionalidade e se utiliza de materiais como gelo, madeiras, pedras, bambu, barro, palha, entre outros, de acordo com a região em que está inserida”, explica.
Por aqui, o arquiteto Lucio Costa, responsável pela construção de Brasília, foi um grande incentivador. Nos anos 1970, por exemplo, diante do debate sobre a questão ambiental, esse tipo de arquitetura passou a ser associada à sustentabilidade e houve um expressivo aumento no interesse, segundo afirma Marne.
“As soluções evoluíram com o tempo e os trabalhos em versões renovadas desse estilo de arquitetura foram valorizadas devido à criatividade e ao uso de materiais retirados diretamente do meio ambiente. “Agredir menos a natureza se mostrou fonte de inspiração para uma arquitetura cheia de vida em um mundo mais consciente e humano”, acredita.
Exemplos de arquitetura vernacular no Brasil
- Palafita;
- Pau a pique;
- Oca;
- Maloca;
- Quilombo;
- Casa de taipa de pilão;
- Barracos e favelas.
Uma coleção sustentável

Inspirada pela arquitetura vernacular, Marne Schwab criou a Coleção Átomo, uma verdadeira jornada de busca às origens, com foco na mãe Terra. “Como na arquitetura vernacular, os materiais são sustentáveis, originais de dentro da Terra”, detalha.






