Muitas mulheres sonham com a gravidez, mas tanto por motivos pessoais, profissionais ou de saúde, precisam que a gestação ocorra apenas no futuro. Contudo, no momento da decisão sobre adiar os planos de ter um filho, o medo da infertilidade costuma assombrar algumas mulheres e casais. A resposta pode estar em apenas uma palavra: a criopreservação.
Criopreservação é o termo técnico usado na medicina para o congelamento de células, materiais genéticos e outros tecidos, de modo a preservá-los com o uso de nitrogênio líquido. Normalmente sob a temperatura de -196°C, o procedimento isola e mantém o material intacto por tempo indeterminado. Com esta técnica, a mulher pode escolher qual será o melhor momento em sua vida para viver uma gestação, independentemente das condições fisiológicas que apresente no momento.
Em consultório vemos que a possibilidade de congelar óvulos é um tratamento que funciona como um “seguro” para mulheres que sonham com uma gravidez, mas que querem deixá-la para depois, para não interromper suas realizações profissionais e pessoais. Existe uma pressão na vida da mulher, uma cobrança de que ela precisa engravidar e, ao mesmo tempo, crescer profissionalmente e a criopreservação é uma maneira da medicina poder ajudá-las, afinal, a fertilidade da mulher tende a cair drasticamente com o passar dos anos.
O processo de criopreservação de óvulos
Embora para muitas pessoas a Criopreservação pareça algo muito distante ou recente demais para ter credibilidade, A criopreservação tem seu uso regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no Brasil desde 2013, ou seja, é regulamentada para utilização privada e está disponível para todos aqueles que querem ou precisam dela. Mas como ela funciona?
A mulher que escolhe fazer a criopreservação de óvulos passa por uma série de exames para, em seguida, iniciar o tratamento com estimulação hormonal para liberação de óvulos dentro do cronograma estabelecido pelo médico especialista que acompanhará o processo. Seguindo o cronograma estabelecido, na data prevista é realizada a punção dos óvulos estimulados através da agulha própria para o procedimento.
Em laboratório é realizada a primeira avaliação dos óvulos. O médico acompanhará o processo juntamente com profissionais embriologistas que iniciarão o processo de preparo do óvulo para o congelamento em nitrogênio líquido.
A partir do momento em que os óvulos são congelados, a preocupação sobre a diminuição da qualidade deles com o passar dos anos, bem como o medo da perda da fertilidade, deixa de existir. Após anos de pesquisas e desenvolvimento em diversos países, a ciência tem comprovado que o método envolve segurança, já que a criopreservação aparece como resultado de anos de pesquisa médica e acadêmica.
Devido à baixíssima temperatura, não há “data de validade” para o material criopreservado. No entanto, para utilização dos óvulos posteriormente, outras questões e fatores precisam ser avaliados, como a saúde da mulher.
Momento da gravidez como escolha
A oportunidade de poder escolher quando engravidar traz liberdade e segurança para aqueles que sonham com a gestação, mas acreditam que ainda não é o momento ideal para tal. Atualmente, o tratamento é acessível e indicado aos pacientes que recorrem a um especialista em reprodução humana, profissional recomendado para tal.
Ao levar em conta a taxa de fertilidade, o aumento da expectativa de vida e o posicionamento feminino no mercado de trabalho, já não é mais necessário atropelar os propósitos profissionais para realizar sonhos pessoais. A medicina permite que o planejamento de vida seja feito com cuidado e de acordo com os desejos individuais, da maneira que se encaixar melhor na rotina de cada paciente. Para saber mais sobre fertilidade humana e criopreservação você também pode acompanhar as minhas redes sociais @drregischo.