Parto humanizado pressupõe respeito ao corpo e aos desejos da gestante com segurança para ela e o bebê
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  • Por Dra Midiã Vergara Bandeira CRM 28792-PR | RQE 19354
  • 08/10/2021 13:57

Quando uma gestante vai dar a luz, muitas podem ser as intercorrências na hora do parto, independente da via escolhida. No parto normal ou cesárea imprevistos podem acontecer e muitas decisões precisarão ser feitas pela equipe de parto que atenderá a gestante antes que ela possa sair da maternidade com seu bebê nos braços.

Mas como essas escolhas são feitas? Como promover tranquilidade para que a gestante possa se sentir segura e acolhida durante todas as fases do processo?

A proposta do parto humanizado é a de promover o nascimento do bebê de forma acolhedora, baseada em evidências científicas e segura, com o mínimo de intervenção externa, permitindo que a mãe e a criança sejam os verdadeiros protagonistas desse momento.

Todos os anos, cerca de 140 milhões de mulheres dão à luz em todo o mundo. O processo de parto é um evento rotineiro para as equipes de saúde. Porém, ele não pode ser tratado como qualquer outro procedimento hospitalar. A equipe que atende a gestante precisa oferecer um ambiente seguro, saudável e que leve em consideração não apenas os aspectos físicos da mulher, mas principalmente os aspectos emocionais, para que ela se sinta realizada ao viver esse momento.

O parto humanizado não necessariamente é aquele 100% natural. Em algumas situações as intervenções médicas são necessárias, dependendo do quadro da gestação. Isso não quer dizer que as intervenções são ruins, pelo contrário, quando são necessárias elas trazem benefícios e segurança para a mãe e o bebê. É considerado parto humanizado aquele em que os desejos da gestante são respeitados, os protocolos médicos são usados de maneira correta e existe uma equipe inteira acompanhando essa mulher. A mãe deve ser respeitada, ouvida e informada sobre todas as decisões a serem tomadas. Este processo de informação precisa começar antes de dar entrada na sala de parto. Ele se inicia no pré natal com orientações e informações.

Um dos princípios da humanização é a autonomia, mas a autonomia vem junto com a informação. Sendo informada sobre todo o processo da gestação e do parto, a mulher se sentirá segura para escolher o que é melhor para ela, contando com profissionais de qualidade técnica. Durante o pré-natal nós fornecemos as informações e o preparo para esse momento, para que a gestante entenda e se sinta segura caso seja necessário intervir de alguma forma para que ela e o bebê fiquem bem em todo o processo.

É muito importante trabalharmos com uma medicina focada em evidências científicas. Todas as decisões médicas devem ser tomadas em conjunto com a gestante, garantindo a segurança e saúde da mãe e do bebê. Intervenções devem ser feitas somente diante de real necessidade em  cada caso de maneira individualizada e por este motivo é essencial que a gestante encontre um obstetra e uma equipe de saúde que estejam alinhados aos seus desejos e expectativas para o momento do parto.

O principal trabalho da equipe de saúde da gestante é o de garantir que ela esteja em um ambiente seguro, acolhedor e tranquilo. Humanizar, no trabalho médico, também é respeitar a individualidade da paciente. Como define a própria Organização Mundial de Saúde (OMS), saúde não é apenas ausência de doenças, mas é o bem-estar físico e psicológico.

Ao pensar e planejar o seu momento de dar a luz, lembre-se de considerar a possibilidade de iniciar o acompanhamento com a equipe de saúde que entenda os seus desejos para viver o momento do nascimento com mais tranquilidade, ao lado de pessoas e profissionais com quem você já tem um vínculo de confiança, vínculo que precisa começar no pré-natal.

Dra. Midiã Vergara Bandeira -Ginecologia | Obstetrícia
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