Entenda melhor o que é um vinho encorpado
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  • Por Importadora MMVinhos
  • 23/07/2020 17:46

Se você é um apreciador de vinhos, naturalmente você já deve ter ouvido o termo “encorpado”. Mas, afinal o que são vinhos encorpados? É o mesmo que dizer vinho estruturado? E sabia que “pesado” não é pejorativo neste caso?

Antes de tudo, é necessário diferenciar um vinho encorpado de um estruturado, comenta Jonas Martins, gerente geral e sommelier da MMV Importadora, de Curitiba. Algo que influencia na estrutura do vinho é o vinhedo. “Quanto mais velho, mais a uva fica complexa e quanto mais complexa, mais estrutura. Um vinho verde, por exemplo, pode ter estrutura, mas é leve, com uma acidez riquíssima, refinado em aroma e sabor”, explica.

No caso de um vinho encorpado, o tanino, a adstringência e o álcool têm mais a ver. Quando você bebe um vinho encorpado, você sente que ele pesa do paladar. O tanino é um composto químico, mais encontrado nas cascas, nas sementes e nos engaços (o esqueletinho da uva). Ele que cria a sensação de adstringência na boca.

O álcool também acrescenta peso. E isso envolve a questão do açúcar residual. Quanto menos açúcar, mais álcool e mais encorpado.

A madeira também encorpa o vinho, especialmente se for barril de carvalho novo. Martins explica que neste caso, o barril é literalmente queimado por dentro. O resultado? Pode surgir uma interação entre a madeira e o vinho, gerando aromas e sabores diferentes como baunilha, côco, caramelo, cogumelo. “Isso acaba enriquecendo quimicamente a bebida”, diz.

As uvas tintas normalmente resultam em vinhos mais encorpados. Isso por causa da antocianina (que dá as cores azul, violeta e vermelha às frutas) e do tanino. Alguns exemplos mais tradicionais são a Tannat, a Malbec e a Cabernet Sauvignon, de alguns terroirs.

E vinhos de guarda sempre são encorpados? Não necessariamente, afirma Martins. Mas os vinhos de guarda – que como o próprio nome diz, podem ser guardados por longos períodos – são estruturados, mais complexos. “A guarda tem mais a ver com acidez, complexidade aromática e sabor, do que com peso”, completa. Geralmente são vinhos tintos. Mas não é regra. Martins cita um vinhedo na Alemanha da uva Riesling, que é de altíssima acidez – e branca.

Uma controvérsia que envolve os encorpados é o uso do decanter. Martins prefere que o vinho evolua na taça mesmo – evolua quer dizer que ganhe mais quando em contato com o oxigênio. Porém, o decanter pode acelerar o processo. Alguns vinhos da MMV que podem passar pelo decanter são o Capricho Merlot, Capricho Syrah e Capricho Cabernet Sauvignon; o Fortunatus Gran Reserva Syrah/Cabernet Sauvignon; o Fortunatos Reserva de Família, O Cinco Sentidos Special Blend, o Viapiana Marselan, e o Viapiana Cabernet Franc.

E para finalizar: somente os tintos podem ser encorpados? Não, os vinhos brancos também. Se eles tiverem residual de açúcar e passarem por barril de carvalho, vão “pesar”, comenta Martins. Um exemplo é o Fortunatus Reserva Especial Chardonnay, no qual parte do vinho repousa seis meses em barril.

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