O mundo dos brechós, ‘garimpo’ de móveis e artigos de segunda mão, vem ganhando cada vez mais espaço entre os consumidores. Segundo levantamento do Sebrae, no último ano esse mercado cresceu quase 50%. “São alguns fatores que despertam o interesse do público: tem sim a questão do preço, mas também tem o resgate emocional e o fato de encontrar uma peça única ou, até mesmo, uma relíquia” explica Eviete Dacol, designer e diretora-geral da Inove Design.
Percebendo a tendência no mercado e visando suprir essa demanda e gerar um consumo mais consciente, a Inove Design, anualmente, oferece o Garimpo Inove. “Nossa loja tem mais de 25 anos, no estoque temos peças que são novas, mas estão fora de linha ou até mesmo pedidos que vieram errados de fábrica. Então, com a ideia de não desperdiçar e aproveitar os produtos, uma vez por ano, de novembro a fevereiro, nós abrimos a sessão de garimpo, com produtos de qualidade e preço acessível”, explica.
Engana-se quem atrela o brechó de móveis ao não luxuoso ou ultrapassado – ao famoso kitsch. “Nós temos peças do Estudiobola, do Zanini, banqueta do Sérgio Rodrigues, peças importadas e de diversos designers. Então, essa é uma oportunidade de dar um toque especial em algum ambiente da casa, com uma peça única, sem gastar muito”.
O valor além do preço
Muitas pessoas garimpam com carinho, em busca de peças que tragam alguma memória afetiva. Eviete conta que é muito interessante ver a satisfação quando o cliente encontra algo que se identifica. “Uma senhora veio ao nosso garimpo, ficou umas duas horas olhando, até que achou duas cadeiras que a encantaram. Eram peças em tela portuguesa. Ela se apaixonou e levou. E é por isso que esse mercado cresce; vai além de uma oportunidade de preço, as pessoas têm que se identificar. Elas compram pelo valor, não pelo preço”.
Além disso, a experiência de ir atrás de uma peça, procurar, garimpar e achar, acaba sendo um hobby para algumas pessoas. “Às vezes, por conta dessa busca, a pessoa acaba dando mais valor, porque quando encontra, ela diz ‘era isso que eu precisava, encontrei’. Isso traz satisfação e cria um apego emocional”.
Facilidade e consumo consciente
Além da oportunidade e questão emocional, a designer ressalta outro ponto do mundo do garimpo. “Com o cotidiano cada vez mais corrido, uma coisa que facilita é o fato de o cliente escolher e já levar. Ele tem tudo ali, sem catálogos, podendo testar e ver o produto na hora. Ele tem a certeza que já sairá com o produto em mãos. Agora no Natal, isso é perfeito; se o cliente quer um item novo para as festas, por exemplo, os prazos para entrega nessa época são estendidos. No garimpo, é só escolher e levar”, conta.
Eviete explica ainda que as pessoas estão se tornando mais conscientes e levando isso a sério. “O mundo está vivendo esse novo momento da economia circular, que nada mais é do que você ser sustentável com todos os produtos. Você não joga fora; você pega uma peça e adapta. Afinal, você pode ter outros aproveitamentos com ela. Uma cômoda pode virar um móvel para outro ambiente ou até um rack. Então, você dá novos usos para aquela peça e evita o desperdício”.
Assim, o garimpo abre um leque de possibilidades, principalmente para quem usa a criatividade. “Tem muitos profissionais, como arquitetos e decoradores, que vem aqui e enxergam no móvel uma nova oportunidade! Eles customizam e criam uma peça diferente. Você olha e nem acredita! Eles atrelam uma cadeira, por exemplo, ao estilo do cliente, criando uma peça exclusiva, de alta qualidade, pagando pouco”.
Inove Garimpo
O showroom de garimpo da Inove Design já está disponível. Você pode conferir todas as peças e garimpar na Rua Castro, 197, Água verde.
