Quanto mais testes ou experimentos fazemos, mais aprendemos sobre os nossos
Quanto mais testes ou experimentos fazemos, mais aprendemos sobre os nossos| Foto: Pexels
  • Por Instituto Connect Texto de Vanessa Colturato*
  • 09/08/2021 16:44

“Aprender mais rápido para se aprender mais. Essa é a meta!” Assim escreveu Sean Ellis autor do livro “Growth Hacking”. Lá, ele conta a sua trajetória brilhante dentro de grandes techs e como criou esta metodologia de crescimento, baseada na experimentação em frequência e ritmo acelerado de aprendizado orientada pela experiência do cliente.

A principal lição trazida por Sean está na forma e rapidez em que aprendemos. Quanto mais testes ou experimentos fazemos, mais aprendemos sobre os nossos clientes.

Ao ler o livro me dei conta da semelhança entre “Growth Hacking “ e o “Lean Manufacturing'', nascido nas bases do TPS (Sistema Toyota de Produção), que incentiva a evolução contínua de produtos e processos por meio da observação e ciclos rápidos de melhoria. Não é à toa que Eric Ries, no livro Startup Enxuta, mostra o melhor funcionamento de startups por meio destes ensinamentos. Mais uma prova de que a inovação não está somente no disruptivo, mas também no reinventado.

Em um ambiente virtual, experimentos são ferramentas essenciais para analisar respostas dos usuários. Estes experimentos podem ser mudanças simples, como mudar a cor de um botão de acesso, ou um pouco mais complexas, que podem até levar a um novo foco para o negócio. Mas a principal meta é criar um ciclo de experimentos que aumente o conhecimento sobre usuários e que potencialize o crescimento rápido.

Em um ambiente industrial, a busca pelo aperfeiçoamento de processos e produtos não é diferente. A indústria 4.0 tem esta missão e impactará o PIB Nacional em US $39 bilhões até 2030, segundo o Portal da Indústria. Um dos grandes pilares desta transformação digital está na aplicação acelerada de sistemas virtuais que conectem a demanda do mercado com processos produtivos.

Nesta linha, não é difícil imaginar que a velocidade de resposta ao retorno da experiência do usuário será cada vez mais alta onde testes acelerados de aperfeiçoamento estiverem cada vez mais presentes.

Interessante observar que as motivações voltadas à evolução estão sempre interligadas. Em outras linhas: não importa muito em qual ambiente ou segmento de mercado você está inserido, a busca pelo aperfeiçoamento será eterna e sempre estará provocando a nossa inquietação. Podem existir diferentes contextos e metodologias, mas quando se fala em melhoria contínua, não existe diferença no propósito.

Neste caso, a frase com que iniciei este artigo é universal: “Aprender rápido para aprender mais!”

Learning Agility

“Aprender com a experiência e colocar este aprendizado em prática em situações novas e de maior complexidade. O learning agility diz respeito sobre o quanto dou conta de aprender e transferir estas lições da experiência para novas situações”. O tema foi trazido aos membros da Confraria do Instituto Connect por Tania Lopes, Idealizadora e Coordenadora do GBA de Learning Agility da ISAE (clique aqui para assistir ao vídeo).

A Confraria

A Confraria do Desenvolvimento, promovida pelo Instituto Connect é um espaço para conexão de executivos de vários segmentos, estados e países, onde é possível evoluir cocriando trilhas de aprendizagens e caminhando em uma jornada de networking, experiências e responsabilidade social.

* Vanessa Colturato é Certified level B IPMA na IPMA Brasil  e Founder da Pivot Gestão de Projetos