Ao incorporar inteligência artificial, o Grupo Pinho criou uma torre de controle capaz de oferecer visão completa de toda a cadeia logística, garantindo precisão e otimização de custos.
Enquanto a previsibilidade aponta possibilidades, a preditividade define caminhos com precisão — antecipando rotas, identificando gargalos e calculando impactos de custo e tempo de forma assertiva. Foi com essa visão que o Grupo Pinho desenvolveu a tecnologia da sua Torre de Controle Logística, uma solução 360º baseada em inteligência artificial que conecta toda a cadeia logística, da origem ao destino, a fim de garantir eficiência, redução de riscos e continuidade operacional.
Implementada há dois anos, a torre vai além de conexões por APIs (Interface de Programação de Aplicações). Ela proporciona uma integração total de dados permitindo controle da operação de ponta a ponta. Todas as informações geradas na base são captadas, conectadas e transformadas em simulações e monitoramento em tempo real. Ao combinar gestão de SLA (Acordo de Nível de Serviço), automação e inteligência artificial, a ferramenta garante precisão, agilidade e segurança ao antecipar problemas e manter a logística sob controle.
“A partir dos dados coletados, é possível evitar riscos e eliminar falhas dentro de qualquer operação ou processo, independentemente do segmento. Isso se dá pela possibilidade de detectar antecipadamente os pontos de atenção, prever rotas alternativas, calcular impactos no frete e nos portos e gargalos causados por fatores externos, como greves, fechamento de canais ou tarifas recém-impostas” explica Luanna Souza, CEO do Grupo Pinho.
O trabalho envolve análise e integração de informações complexas, mas os resultados são fáceis de identificar: redução de custos, maior eficiência operacional, minimização de riscos, visibilidade completa da cadeia e, acima de tudo, a possibilidade de que as empresas mantenham o foco nos negócios, sem precisar se preocupar com as constantes oscilações da logística.
“Um de nossos clientes, com grande movimentação mensal, cerca de 2 mil embarques e aproximadamente 8 mil contêineres, enfrentou crises geopolíticas que afetaram diretamente suas plantas, gerando a necessidade de recalcular as rotas. Antes, eles tinham o índice de on-time delivery de 76%, um patamar considerado aceitável no mercado. Com a atuação da Torre de Controle, conseguimos elevar esse número para 99%”, conta Luanna.
Outro ponto crítico solucionado pela Torre de Controle foi a gestão do destino dos contêineres após a descarga das mercadorias. “Normalmente, esse é um aspecto pouco monitorado. Depois que os produtos chegam ao destino, dificilmente há uma preocupação com o fluxo dos contêineres vazios”, explica a CEO.
No entanto, eles também geram custos relevantes, especialmente com armazenagem e demurrage, quando não são devolvidos no prazo correto. Com a tecnologia empregada, o Grupo Pinho consegue reduzir esses impactos financeiros, garantindo que os contêineres sejam rapidamente liberados, redirecionados ou recolhidos, otimizando a operação como um todo.
Em apenas dois anos, a Torre de Controle Logística gerou mais de US$ 2 milhões em economia direta para os clientes — além de ganhos intangíveis, como preditividade de gargalos, controle de contêineres vazios e registros inteligentes de todos os desvios logísticos. Ao mapear cada ocorrência, o sistema oferece às empresas a possibilidade de realizar melhoria contínua.
A eficiência logística contra o tarifaço
Diante das oscilações globais, especialmente com novos contratos e taxações impostas pelos Estados Unidos, as empresas estão diante de um cenário desafiador e hostil, mas com pouco tempo para recalcular rotas.
E os efeitos já podem ser notados: aumento dos custos logísticos, mudanças forçadas de rotas e volatilidade cambial. Ainda, o encarecimento de combustíveis e energia impacta diretamente o transporte rodoviário e a armazenagem de cargas. Somado a isso, há a quebra de contratos, exigências de compliance mais rigorosas, escassez e alto custo de insumos estratégicos.
“Em outras palavras, vivemos uma verdadeira ‘guerra logística’, marcada por riscos, oscilações e constantes trocas de fornecedores. Nosso objetivo é trabalhar junto aos clientes para devolver previsibilidade, eficiência e competitividade, garantindo que eles possam continuar operando de forma segura e estratégica mesmo diante de cenários instáveis. Queremos fazer a diferença dentro do país, viabilizando projetos e contribuindo com a economia.”, finaliza Luanna Souza.
Assim, a solução não só reduz custos e aumenta a eficiência operacional, como também proporciona estabilidade e agilidade às operações, coletando e organizando dados existentes que muitas vezes são subutilizados.
O Grupo Pinho é filiado ao LIDE Paraná, que valoriza semanalmente nesta coluna iniciativas paranaenses de seus membros que se destacam no Brasil e no mundo.

