Confira dicas para escolher o melhor azeite de oliva para o tradicional bacalhau de Páscoa
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  • Por Porto a Porto
  • 01/03/2021 00:00

Quando pensamos em Páscoa, imediatamente somos remetidos ao consumo de chocolate, sejam eles ao leite, branco, 100% cacau, nos formatos de bombons ou de ovos. Mas nem só de chocolate é feita a data. Já é uma tradição que as famílias preparem para o almoço um prato que utilize o famoso bacalhau.

E para o preparo e finalização desse peixe, um dos ingredientes fundamentais é o azeite de oliva, produto milenar, que é extraído da azeitona, fruto das oliveiras. Embora não se saiba exatamente a origem do azeite, é inegável que ele é considerado um dos prazeres gastronômicos. E seu uso não se restringe à culinária. Estudos mostram que já em 6000 a.C, os mesopotâmios untavam o corpo com azeite para se proteger do frio.

Outros povos também utilizavam o azeite para curar feridas e amaciar a pele e os cabelos. Foram os gregos e romanos que difundiram o produto para a Europa e o Ocidente. Os árabes que habitavam a Espanha começaram a cultivar as oliveiras e a extrair o azeite para, entre outras utilidades, acender as lamparinas. O nome azeitona, inclusive, surgiu do árabe az-zaitunâ e azeite de az-zait (suco da azeitona).

Com tantas opções, como escolher?

O gerente da importadora Porto a Porto, Flávio Bin, explica que para escolher um bom azeite, antes de tudo, é essencial procurar uma marca que seja conhecida pela qualidade de seus produtos, o que transmite confiança ao consumidor. Em seguida, é indicado escolher um azeite que seja extravirgem, que são os melhores. Eles podem variar sua acidez entre 0,1% e 0,8%.

Em seguida, entra o fator gosto pessoal, e os azeites variam de acordo com vários critérios. Um deles é o grau de maturação da azeitona na hora da colheita. Há os mais frutados, os mais delicados, os que apresentam maior picância, os mais herbáceos, amendoados, entre outras opções. O ideal é conhecer os sabores das várias opções do produto para identificar o que mais agrada o paladar.

A preparação

Após escolher boas opções de azeite de oliva extravirgem, chega a hora de preparar o tão esperado prato especial da Páscoa. Bin orienta que a escolha dos peixes, principalmente se for o bacalhau, é fundamental. Os melhores são da espécie Gadus Morhua (Atlântico Norte) ou o Gadus Macrocephalus (Pacífico Norte).

Para os pratos com bacalhau assado, o ideal é utilizar o azeite já na preparação. Para isso, um azeite indicado é o tradicional Extravirgem Paganini, com acidez de 0,5%, ele é ideal também para outras receitas simples do dia a dia.

Após assado, para finalizar o prato, há algumas opções para os diferentes tipos de gostos. Bin recomenda alguns, como o Grezzo Naturale Paganini, que tem entre seus aromas ervas, tomates, maçã verde e um toque floral. Ao consumir, destaca-se o sabor frutado e uma pequena picância no final.

O azeite português Oliveira Ramos Premium Extravirgem também é uma boa opção, com aroma frutado intenso de azeitonas verdes, notas de maçã, frutos secos e folhas de oliveira. Sua acidez máxima é de 0,2%.

O azeite português Oliveira Ramos Premium Extravirgem tem aroma frutado intenso de azeitonas verdes, com notas de maçã, frutos secos e folhas de oliveira.
O azeite português Oliveira Ramos Premium Extravirgem tem aroma frutado intenso de azeitonas verdes, com notas de maçã, frutos secos e folhas de oliveira.| Divulgação/Porto a Porto

Outro português indicado é o Extravirgem Monsaraz, delicado de qualidade superior, com aroma suave e fresco de amêndoas. Ele é elaborado na região do Alentejo, com acidez máxima de 0,5%. Além de ser excelente para peixes grelhados, seu sabor e sua cor amarelo dourada funcionam muito bem em saladas.

Entre os espanhóis, uma indicação é o Extravirgem Marqués de Tomares, feito 100% com azeitonas de oliveiras centenárias, na região de Rioja Alta. São elaboradas por ano apenas 1,5 mil garrafas Magnum (1,5 litro). Trata-se, portanto, de uma produção pequena, com acidez de 0,12%. O azeite funciona bem para a finalização de pratos.

Com diversas medalhas em concursos internacionais, o azeite chileno Deleyda Extravirgem Premium tem aroma de ervas e notas de maçã. Em boca, é fresco, com bom amargor e um agradável toque picante.
Com diversas medalhas em concursos internacionais, o azeite chileno Deleyda Extravirgem Premium tem aroma de ervas e notas de maçã. Em boca, é fresco, com bom amargor e um agradável toque picante.| Divulgação/Porto a Porto

Caso o interesse seja em preparar um bacalhau grelhado (lombo), Flávio Bin indica que o ideal hidratá-lo com o azeite Extravirgem Paganini, finalizando-o com as outras opções já citadas. O especialista sugere ainda, após a refeição, saborear um vinho do Porto Messias Ruby ou Messias Tawny, que são digestivos e harmonizam muito bem com tortas e bolos, principalmente com sobremesas à base de chocolate ou frutos secos.

A saúde agradece

Além da maravilhosa experiência gustativa que o azeite de oliva extravirgem proporciona, ele é uma iguaria que oferece diversos benefícios para a saúde, além de auxiliar no emagrecimento e na ação hidratante para pele e cabelos. Porém, é importante ressaltar que o consumo não precisa ser exagerado, sendo a recomendação diária de uma colher de sobremesa.

Ele é ideal para a finalização de pratos e também é indicado para grelhar ou fritar, mas é importante lembrar que frituras em excesso não são muito saudáveis. O azeite de oliva extravirgem reduz o colesterol ruim, reduz a pressão arterial, protege o coração e previne algumas doenças, como arterioesclerose, câncer e diabetes tipo 2. O produto também atua como um excelente anti-inflamatório, fortalecendo o sistema imunológico.

Os melhores azeites de oliva são trazidos ao Brasil pela importadora Porto a Porto.