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Vinhos e vinhedos na primavera catarinense: entre taças, paisagens e sabores

Na primavera, os vinhedos catarinenses convidam para experiências ao ar livre: degustações, harmonizações gastronômicas e paisagens que encantam

Mesa de degustação em vinícola catarinense: harmonização de vinhos, queijos e frutas em meio ao clima e às paisagens da primavera.
Mesa de degustação em vinícola catarinense: harmonização de vinhos, queijos e frutas em meio ao clima e às paisagens da primavera. (Foto: Divulhação/Vale das Uvas Goethe)

SETUR-SC | Secretaria de Estado do Turismo de Santa Catarina

22/09/2025 às 09:52

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Santa Catarina já se consolidou no mapa do enoturismo brasileiro como um destino que une paisagens de tirar o fôlego, gastronomia diferenciada e vinhos de alta qualidade. Se no inverno as vinícolas serranas se destacam pelo charme do frio, é na primavera que os vinhedos ganham nova vida: os parreirais começam a brotar, os dias ficam mais longos e ensolarados e o clima confortável.

Essa combinação é um convite irresistível para experiências ao ar livre. Os visitantes podem saborear vinhos em cenários que combinam taças, vinhedos, montanhas – e pratos preparados com ingredientes típicos da estação.

Vinhos de altitude: o cartão-postal da serra

Degustação de vinho fino de altitude: aromas, sabores e a tradição vitivinícola catarinense. Degustação de vinho fino de altitude: aromas, sabores e a tradição vitivinícola catarinense. (Foto: Divulgação/Vinhos de Altitude)

A Serra Catarinense é o epicentro dos vinhos de altitude, produzidos a mais de mil metros acima do nível do mar. Nessas condições, a amplitude térmica, o solo e o clima resultam em rótulos complexos e aromáticos, reconhecidos em concursos nacionais e internacionais. Municípios como São Joaquim, Urubici, Bom Retiro e Lages concentram vinícolas abertas ao turismo, oferecendo degustações guiadas, passeios pelos vinhedos e harmonizações exclusivas.

A gastronomia da serra acompanha esse charme. Queijos artesanais, embutidos coloniais e pratos quentes mais leves – como risotos de cogumelos, carnes brancas e massas frescas – compõem menus especiais para a estação. Algumas vinícolas, como Villa Francioni e Monte Agudo, oferecem restaurantes próprios, com cardápios assinados por chefs que exploram ingredientes locais e harmonizações de safras recentes.

Outra experiência em alta são os piqueniques entre os parreirais floridos, em que cestas com queijos, pães, frutas da estação e geleias caseiras podem ser apreciadas ao ar livre.

Vale da Uva Goethe: tradição italiana no Sul

Brinde com vinhos da uva Goethe, trazida por imigrantes italianos no fim do século 19. Brinde com vinhos da uva Goethe, trazida por imigrantes italianos no fim do século 19. (Foto: Divulgação/Vale das Uvas Goethe)

Fora da serra, Santa Catarina guarda um tesouro singular: o Vale da Uva Goethe. Localizado na região sul, em municípios como Urussanga, Nova Veneza, Pedras Grandes e Cocal do Sul, o território é o único do Brasil para a uva Goethe – variedade rara trazida por imigrantes italianos no fim do século 19.

Os vinhos elaborados com essa uva têm perfil frutado, leve e aromático, ideais para os dias ensolarados de primavera. A região, no Sul de Santa Catarina, possui a Indicação de Procedência (IP) dos Vales da Uva Goethe, que certifica a qualidade e a autenticidade da uva e dos vinhos produzidos na região. Este selo foi conquistado em 2012, a primeira Indicação Geográfica de Santa Catarina, e recentemente foi elevado à Denominação de Origem (DO).

Aqui, a gastronomia é uma atração à parte. Massas caseiras, polenta, galinha ensopada, fortaia (prato típico italiano semelhante a uma omelete) e salames artesanais e salames artesanais fazem parte da herança italiana que se reflete nos cardápios familiares e nos restaurantes locais. Os vinhos Goethe, leves e frescos, harmonizam bem tanto com esses pratos típicos quanto com sobremesas tradicionais, como cucas e doces à base de frutas.

Outras rotas do vinho catarinense

Além da Serra e do Vale da Uva Goethe, outras regiões também vêm ganhando espaço no mapa enoturístico. O Vale do Itajaí e o Litoral Norte abrigam pequenas propriedades familiares que produzem vinhos artesanais e recebem visitantes em ambiente intimista. Nessas áreas, a gastronomia ganha sotaque regional: bistrôs rurais oferecem menus autorais e, pela proximidade com o mar, não é raro encontrar espumantes, brancos e rosés catarinenses acompanhados de peixes, ostras e frutos do mar frescos. Uma combinação que traduz a diversidade do estado — das montanhas frias ao litoral ensolarado.

Muito além da taça: experiências ao ar livre

Parreirais em brotação na primavera catarinense: convite para vivenciar de perto o enoturismo, em contato direto com a natureza e a cultura local. Parreirais em brotação na primavera catarinense: convite para vivenciar de perto o enoturismo, em contato direto com a natureza e a cultura local. (Foto: Shutterstock)

O enoturismo catarinense na primavera vai além da degustação. As vinícolas vêm investindo em atividades que reforçam a conexão com a natureza e a cultura local. Trilhas ecológicas, observação de fauna e flora, exposições de arte e apresentações musicais fazem parte da programação. Mas a mesa continua sendo ponto de encontro: seja em um jantar harmonizado, em um piquenique rústico ou em um almoço típico italiano, a gastronomia se confirma como aliada indispensável para transformar cada taça em experiência completa.

Turismo em expansão

Restaurante em Urussanga, cidade da serra catarinense. Restaurante em Urussanga, cidade da serra catarinense. (Foto: Divulgação/Vinhos de Altitude)

Segundo dados da Epagri e da SETUR, o turismo ligado ao vinho em Santa Catarina cresce a cada ano, impulsionado pela qualidade dos rótulos e pelo fortalecimento das rotas enoturísticas. A diversidade do estado — que vai das montanhas geladas da Serra ao litoral ensolarado — garante experiências para diferentes perfis de visitantes: do turista em busca de sofisticação à família interessada em vivências culturais e de contato com a natureza.

Com a chegada da primavera, os vinhedos catarinenses se transformam em palco de um espetáculo natural que só aumenta o encanto da taça. Mais do que degustar vinhos premiados, o visitante encontra hospitalidade, tradições centenárias, sabores autênticos e paisagens que unem flores, montanhas e a promessa de momentos inesquecíveis.

Região Serrana e do Planalto (Vinhos de Altitude)

Ambiente de vinícola aberta à visitação na serra catarinense. Ambiente de vinícola aberta à visitação na serra catarinense. (Foto: Divulgação/Vinhos de Altitude)

Essas cidades têm vinhedos acima de 900 m, clima frio e produção reconhecida pela qualidade:

  • São Joaquim – principal polo dos vinhos de altitude, com diversas vinícolas abertas à visitação (Villa Francioni, Suzin, Monte Agudo, Pericó).
  • Urubici – além do turismo natural, abriga vinícolas com experiências ao ar livre.
  • Urupema – cidade mais fria do Brasil, também integrada à rota dos vinhos de altitude.
  • Bom Retiro – vinhedos de altitude em crescimento, próximos a São Joaquim.
  • Lages – importante centro histórico da viticultura serrana, com vinícolas tradicionais.
  • Campos Novos, Água Doce, Treze Tílias, Videira, Pinheiro Preto e Tangará – municípios produtores com vinícolas boutique e cooperativas que oferecem visitas, degustações e venda de rótulos premiados.

Região Sul (Vales da Uva Goethe)

Uma das vinícolas abertas à visitação nos Vales da Uva Goethe. Uma das vinícolas abertas à visitação nos Vales da Uva Goethe. (Foto: Divulgação/Vales da Uva Goethe)

Território único no Brasil, voltado à produção da uva Goethe, trazida por imigrantes italianos no século 19:

  • Urussanga – “capital da uva Goethe”, com várias vinícolas abertas ao turismo, além de festas e eventos.
  • Nova Veneza – mistura de tradição italiana, gastronomia típica e vinhedos de Goethe.
  • Pedras Grandes – cidade histórica ligada à imigração e à vitivinicultura.
  • Cocal do Sul – integra a rota da uva Goethe, com vinícolas familiares e experiências enogastronômicas.

Vale do Itajaí e Litoral

Vinícola aberta à visitação no Vale do Itajaí, região que tem apostado no enoturismo. Vinícola aberta à visitação no Vale do Itajaí, região que tem apostado no enoturismo. (Foto: Divulgação/Vila Prando)
  • Vale do Itajaí (Rio do Sul, Ibirama, Apiúna e região) – produção crescente, com vinícolas familiares que apostam no enoturismo e cada vez mais atraem visitantes.
  • Florianópolis e Litoral Norte – surgimento de projetos experimentais de vinhos de pequena escala, mas que já integram roteiros turísticos diferenciados.

Mais informações aqui:

Vales da Uva Goethe
Vinhos de Altitude

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