Comprar gás natural é a melhor decisão para indústrias que precisam de energia em forma de calor.
Comprar gás natural é a melhor decisão para indústrias que precisam de energia em forma de calor.| Foto: Divulgação
  • Por Tradener
  • 14/03/2023 19:35

O consumo de gás natural no segundo trimestre de 2022 foi 6,2% maior que no mesmo período do ano anterior, totalizando 44 milhões de m3/ dia, sem contabilizar o segmento térmico. Essa evolução só demonstra o potencial energético deste que é o mais limpo dos combustíveis fósseis.

Se o consumo cresceu, a produção de gás natural no Brasil também. Estimativas do BNDES apontam que somente a oferta doméstica doméstica do gás natural originária do país atingiu 72 milhões de m3/dia em 2022 e chegará em 111 milhões de m3/dia em 2031.      

Vale lembrar que essa previsão pode não se concretizar pela variação da quantidade de chuvas anuais. A questão hídrica é um dos fatores que alteram a oferta e a demanda do gás natural, no entanto, não mudam a importância dessa fonte de energia para o Brasil.

Parte desse crescimento é consequência da crise hídrica enfrentada pelo país em 2021. Com a falta de chuvas e, consequentemente, o baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, enfrentamos um aumento de 51,7% dos despachos termelétricos, que chegaram a 33,9 milhões de m³/dia de consumo de gás natural  na média acumulada.

Se 2021 foi marcado pela estiagem, em 2022 a história foi diferente. Com o volume de chuvas registrado no mês de outubro, acima da média histórica, os reservatórios das principais hidrelétricas do Brasil chegaram ao maior nível dos últimos 11 anos atingido nessa mesma época.

Com isso, o sistema Sudeste/Centro-Oeste, que responde por cerca de 70% da capacidade de geração de energia total brasileira, atingiu mais da metade da sua capacidade total, enquanto em 2021, na mesma época, não chegou a 17%.

O mesmo aconteceu com outros reservatórios do país: mais de 80% na região Sul, acima de 70% no Norte e de 64% no Nordeste do Brasil.

Por que o gás natural é tão importante para a matriz energética brasileira? Neste conteúdo, vamos explicar o motivo, assim como também as características desse combustível, sua comercialização e os principais benefícios para residências e indústrias, como a redução da conta de energia, por exemplo.

O que é o gás natural?

Combustível fóssil não renovável, o gás natural é composto por uma mistura de gases, como metano, propano e etano, que pode ser obtido das jazidas e depósitos subterrâneos (bacias sedimentares) encontrados nos campos terrestres (onshore) e marinhos (offshore).

Ele é encontrado em rochas porosas acumuladas no subsolo, em seu estado gasoso, a partir da degradação da matéria orgânica ao longo de milhares de anos e com base nas condições ideais de pressão e temperatura.

Após a extração, o gás é direcionado para as refinarias, onde é processado e depois transportado e distribuído para os consumidores finais: residências, comércios e indústrias.

Principais características do gás natural

Embora seja considerado um recurso não renovável, o gás natural é mais limpo e eficiente que outras fontes de energia da mesma categoria, como o petróleo, por exemplo.

Como todo gás, ele é inodoro e, por isso, um odorizante especial é adicionado para que qualquer vazamento seja identificado facilmente. Diferente do gás de cozinha, conhecido como gás liquefeito, o gás natural tem baixa densidade, ou seja, é mais leve que o ar. Então, quando escapa consegue se dissipar rapidamente na atmosfera. Além disso, não é tóxico e tem inflamabilidade reduzida.

Vantagens do gás natural

Não é por acaso que o gás natural tem ocupado um papel cada vez mais estratégico na matriz energética brasileira. Quando comparamos com fontes de energia mais tradicionais, esse combustível leva vantagem tanto do ponto de vista ambiental, como também em termos de segurança, praticidade e fornecimento.

A queima é mais limpa, leve e uniforme, o que gera grande quantidade de energia e menor impacto ambiental, conforme explica Carlos Frederico Gulin, diretor de Gás Natural da Tradener. De acordo com ele, como a queima ocorre integralmente, ela libera menos resíduos (óxidos de enxofre, partículas sólidas e outros produtos tóxicos) e, por isso, é considerada mais limpa que o carvão e o óleo combustível.

Outros benefícios:

  • Queima mais constante e controlada, o que demanda menos paradas técnicas para manutenções;
  • Combustão com alto rendimento térmico, maior controle e regulagem simples da chama, o que permite menor consumo de energia;
  • Em caso de inalação ou ingestão acidental, não representa perigo à saúde, pois não é um gás tóxico;
  • O projeto de engenharia da rede de distribuição integrado às reservas de gás natural garante ao consumidor final o fornecimento contínuo de gás, sem a necessidade de manutenção de estoques no local;
  • Diferente do que ocorre com o botijão de GLP, no caso do gás natural, não existe perda residual do combustível;
  • Variedade de aplicações: "como o gás natural vem em conjunto do petróleo, as indústrias podem utilizá-lo para fazer novos produtos. Ou seja, muito melhor do que queimar, é utilizá-lo como matéria-prima”, explica o diretor da Tradener, referindo-se, principalmente, aos setores químico, petroquímico e de fertilizantes.

Importância do gás natural como fonte de energia

Até 2032, estima-se que a demanda de gás natural no Brasil cresça 2,5% ao ano, representando uma mudança significativa da participação dessa fonte na matriz total, devendo subir de 11% para 15% nesse mesmo período. As informações são do Plano Decenal de Expansão de Energia 2032, estudo realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão pertencente ao Ministério de Minas e Energia.

A matriz energética brasileira deverá ficar mais limpa até 2040, com a perspectiva de que  as fontes de energia limpa e renovável  consigam responder por quase metade dessa produção no país. É essencial investir na descarbonização da matriz energética, diante da necessidade de lidar com a crise climática e amenizar os impactos causados por eventos e fenômenos que desestabilizam o mercado de energia.

Mesmo sendo uma fonte de energia finita, o gás natural aparece como caminho viável: há grande disponibilidade, menor emissão de CO2 entre os combustíveis fósseis e tem custo competitivo.

Reservas de gás natural no Brasil

Reserva de gás natural da Tradener, localizada em Barra Bonita (PR).
Reserva de gás natural da Tradener, localizada em Barra Bonita (PR).| Foto: Divulgação

De acordo com a ANP, o Rio de Janeiro responde pela maior parte do gás natural extraído do país em 2021. O estado concentra 65% das reservas privadas e, com isso, sua participação subiu de 55,8% (2020) para 64%.

Em 2022, a Tradener iniciou a produção própria de gás natural em uma reserva localizada no município de Pitanga (PR),  distrito de Barra Bonita. A área tem dois poços e pode gerar  100.000 m³/dia . Além disso, a termelétrica da empresa tem 10 MW de potência instalada e consome gás do campo.

Comercialização de gás natural no mercado brasileiro

Aqui no Brasil, o estímulo ao mercado teve início em 2016, com a criação do Programa Gás para Crescer e a decisão da Petrobras de reduzir sua participação no setor. Após a aprovação da Nova Lei do Gás Natural (Lei 14.134/21), em 2021, espera-se aumentar a concorrência no mercado e atrair novos investidores — dois requisitos essenciais para reduzir os custos de produção e o preço final do gás para o consumidor.

Recentemente, a Tradener tornou operacional o primeiro contrato de compra e venda de gás natural no âmbito da abertura de mercado, viabilizada pela Nova Lei do Gás, mediante importação da Bolívia para  fornecimento às distribuidoras locais.

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