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Mel Gibson, diretor de A Paixão de Cristo, decidiu que o ator Jim Caviezel não retornará para o papel de Jesus na segunda etapa do projeto, intitulada A Ressurreição de Cristo, que será dividida em dois filmes. A alteração, que reconfigura o panorama da produção, pegou o mercado cinematográfico de surpresa e gerou revolta dos fãs nas redes sociais.
Gibson vem preparando há anos a continuação, que abordará os eventos que se seguem à crucificação: a descida de Cristo ao inferno, o limbo dos justos e a Ressurreição. As estreias dos filmes estão previstas para março e maio de 2027.
Fontes ligadas ao projeto apontam alguns fatores para a saída de Caviezel. O mais relevante seria a diferença de idade entre os dois momentos da história e o custo elevado para “rejuvenescê-lo” via efeitos digitais. Também foram apontados eventuais conflitos de agenda.
Com a saída confirmada, a produção partiu em busca de um novo ator para interpretar Jesus. Já circulam nomes e o ator finlandês Jaakko Ohtonen foi apontado como o favorito para substituir Caviezel.
Além do protagonista, Monica Bellucci, que interpretou Maria Madalena no filme original, também não retornará, abrindo espaço para uma reestruturação completa do elenco.
A sequência do projeto liderado por Mel Gibson já está em fase de pré-produção e com gravações previstas para iniciar em Roma, nos estúdios Cinecittà, com locações também no sul da Itália.
Estreia simultânea do Brasil
O roteiro de A Ressurreição de Cristo vem sendo desenvolvido há anos por Gibson, em parceria com o roteirista Randall Wallace, conhecido por seu trabalho em Coração Valente.
O diretor Mel Gibson sugeriu em declarações recentes que o novo filme quer transcender o gênero religioso tradicional e ser recebido como uma “experiência cinematográfica surreal e imersiva". Ele indicou que a estrutura narrativa será não linear, com cenas que transitam entre dimensões físicas e espirituais.
A Lionsgate, empresa envolvida na distribuição de filmes do diretor, está em negociações para garantir a exibição internacional do projeto, que deve ter estreia simultânea em diversos países, inclusive o Brasil.
Fenômeno cultural
O filme original, A Paixão de Cristo, foi um fenômeno cultural e comercial. Com orçamento estimado em 30 milhões de dólares, arrecadou mais de 612 milhões mundialmente, tornando-se o filme de temática religiosa mais bem-sucedido da história até hoje.
A sequência, por sua vez, promete ampliar ainda mais a complexidade teológica e visual do universo iniciado em 2004. De acordo com fontes ligadas à produção, A Ressurreição de Cristo terá inspiração estética em obras de arte sacra, com efeitos visuais modernos e trilha sonora épica.
Além disso, a trama explorará os bastidores do poder político em Jerusalém, os conflitos internos dos apóstolos e as consequências da ressurreição para o Império Romano.
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