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J.R.R. Tolkien é um dos “Grandes Pensadores da Fé” abordados pela Lumine
J.R.R. Tolkien é um dos “Grandes Pensadores da Fé” abordados pela Lumine| Foto: Divulgação/Tolkien Estate

Santo Agostinho, Bento XVI, G.K Chesterton e J.R.R Tolkien. À primeira vista, esse grupo parece não ter nada em comum além de serem nomes consagrados em suas respectivas áreas. Mas, graças ao streaming católico Lumine, os quatro nomes são unidos por um ponto em comum e dão pontapé à série Grandes Pensadores da Fé.

Com quatro episódios variando entre 17 e 49 minutos, a produção mostra como cada um deles foi impactado para disseminar a visão de mundo católica em vias distintas, seja pela teologia ou pela literatura. O formato é dinâmico, de aula magna online com diferentes estudiosos da fé no Brasil. São eles: Victor Sales, professor na Universidade Federal do Pará; Elton Luiz, chefe de comunicação do clube do livro Minha Biblioteca Católica; Júnior Volcan, docente no Centro Cultural São Bento, do Rio Grande do Sul; e Taiguara Fernandes, advogado e criador do curso A Arte do Estudo.

No primeiro episódio, sobre Santo Agostinho, Sales discorre sobre como o teólogo e fã dos grandes escritores Cícero e Virgílio nasceu pagão e acabou se aproximando do cristianismo ao longo da vida. Um estudioso de retórica, Agostinho recebe o título de “grande pensador” justamente por saber dar uma forma mais interessante e acessível às ideias espalhadas nos diversos textos bíblicos.

O capítulo sobre Bento XVI, nascido Joseph Ratzinger, relata como o papa emérito era um “homem da pátria celeste”. Além de seus conhecimentos em nove línguas, sabia tocar piano e gostava de pilotar helicópteros. Professor dessa aula, Taiguara Fernandes explica como o pontífice que combatia o marxismo e se tornou um dos maiores teólogos da história; fato que, claro, refletiu em sua escolha ao papado.

Escritores divinos 

Na terceira parte da série, apresentada por Volcan, Chesterton é o nome analisado, a partir de suas origens fora do catolicismo. O autor de mais de 80 livros era protestante e acabou se aproximando da outra vertente do cristianismo ao perceber que os jovens não tinham ligação com a religião. A saída foi a criação do personagem Padre Brown, um sacerdote católico romano que resolvia crimes em cerca de cinquenta contos publicados pelo autor.

Por fim, o mais inusitado: a série mostra como J.R.R Tolkien, o criador do universo da saga O Senhor dos Anéis, também tinha proximidade com a fé católica. Órfão aos 13 anos, ele teve uma educação clássica dada por um padre, que fora apontado por sua mãe como tutor. Essa criação tem impacto direto em sua obra fantástica, muito embasada na providência divina, como aponta Elton Luiz ao longo do episódio.

Mesmo que os perfis sejam abordados com níveis distintos de  profundidade, um reflexo dos diferentes docentes escolhidos para cada episódio, a série é uma boa pedida para entender como muito do pensamento católico chegou ao século XXI. Também serve para quem busca uma imersão nos mundos da teologia e literatura, mas não sabe por onde começar.

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