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Em “De Tirar o Fôlego”, mergulhadores arriscam suas vidas para quebrar recordes
Em “De Tirar o Fôlego”, mergulhadores arriscam suas vidas para quebrar recordes| Foto: Reprodução YouTube

Uma mergulhadora submerge lentamente no mar. A cor azul clara da água passa a ficar cada vez mais escura, enquanto o som dos batimentos cardíacos dela aumenta aos poucos. Após atingir sua meta, a mergulhadora retorna lentamente à superfície, mas, ao sair, começa a passar mal, vítima de um sufocamento pulmonar. Essa é a primeira sequência de De Tirar o Fôlego, o novo documentário da Netflix.

Com 1h50 de duração, a produção do filme foi iniciada em 2017 e acompanhou a rotina de Alessia Zecchini, mergulhadora italiana que já quebrou 38 vezes o recorde de submersão mais profunda feita por uma mulher. É ela quem aparece na cena descrita acima e exemplifica um dos principais pontos da história: o mergulho livre pode ser mortal.

Nesse esporte, o atleta realiza sua “viagem” marítima sem o apoio de um cilindro de oxigênio e depende apenas da força de seus pulmões. Toda a descida é feita em apneia e Alessia conseguiu atingir a marca dos 123 metros nessas condições, mas não sem perdas pelo caminho.

Amor sufocado  

Além das imagens poderosas do oceano, que realmente “tiram o fôlego” de quem está assistindo, o documentário consegue prender ainda mais a atenção ao acompanhar a história interessante da italiana. Com depoimentos emocionantes de Enzo Zecchini, pai de Alessia, a produção explora o conflito que a família de um mergulhador pode enfrentar. Ao mesmo tempo em que o patriarca incentiva o sonho de infância de sua filha, ele vive preocupado com seu bem-estar.

O documentário avança, principalmente, quando Alessia conhece Stephen Keenan, um ex-mergulhador livre que atua como especialista de segurança no mar. Vivendo próximo da atleta enquanto ela treina para quebrar seus recordes, os dois acabaram se apaixonando, porém o amor não chegou a decolar por um triste motivo: Keenan morreu após precisar resgatá-la de uma submersão malsucedida.

"A única razão pela qual concordei em fazer parte disso é para deixar o mundo saber que pessoa maravilhosa e especial Stephen Keenan era", contou Alessia, em uma publicação em seu Instagram sobre De Tirar o Fôlego. "Para que, mesmo aqueles que não saibam o que é mergulho livre, possam apreciar sua imensa humanidade."

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