Ouça este conteúdo
A jornalista e escritora Míriam Leitão foi eleita para a cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras (ABL) nesta quarta-feira (30). Aos 72 anos, a nova imortal herda o posto do cineasta Carlos Diegues, morto em fevereiro. A eleição aconteceu na sede da instituição, no Rio de Janeiro, e foi realizada com o uso de urnas eletrônicas cedidas pelo TRE-RJ.
Míriam venceu uma eleição apertada. Ela teve 20 votos, superando o escritor, ex-senador e ex-ministro da Educação Cristovam Buarque (14). Nascida em Caratinga, Minas Gerais, a jornalista engrossa o quórum de mulheres da ABL: agora são cinco.
A imortal iniciou sua trajetória profissional na imprensa capixaba, depois passou por Brasília, São Paulo e terminou se estabelecendo no Rio de Janeiro, na segunda metade da década de 1980. Trabalhou na Gazeta Mercantil, Jornal do Brasil e entrou para o Grupo Globo em 1991. Nos últimos anos, destacou-se fazendo comentários políticos e econômicos na rádio CBN, nos jornais da Rede Globo e Globo News, além de manter uma coluna em O Globo.
Sua carreira já soma 53 anos de atuação, incluindo 16 livros publicados, dois deles condecorados com o Prêmio Jabuti. Atualmente casada com o cientista político Sérgio Abranches, a jornalista foi presa e torturada durante o regime militar, quando tinha 19 anos.