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Roubo de ditadura

“Jogo Sujo” traz Mark Wahlberg em trama de crime, traição e corrupção

Mark Wahlberg encarna um ladrão experiente em "Jogo Sujo"
Mark Wahlberg divide cena de "Jogo Sujo" com Lakeith Stanfield (Foto: Divulgação/Prime Video)

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Um dos atores preferidos do público conservador, Mark Wahlberg é a estrela de Jogo Sujo, filme que entrou para o catálogo do Prime Video. Uma clássica trama de ação e roubo, a produção dirigida por Shane Black figura entre as dez mais vistas da plataforma desde o lançamento no início deste mês.  

O longa-metragem adapta o universo criado pelo escritor Donald E. Westlake, centrado no personagem Parker, interpretado por Wahlberg. O protagonista é um ladrão profissional contratado para liderar o roubo de um artigo histórico e ultra valioso, uma relíquia desaparecida durante o regime de uma antiga ditadura sul-americana.  

O grandioso assalto, entretanto, acaba em desastre quando Parker é traído por seus comparsas, que fogem com o tesouro e o deixam à beira da morte. Recuperado, ele decide se vingar e buscar o que é seu, atravessando fronteiras e expondo um esquema de corrupção que conecta políticos, colecionadores e ex-agentes de inteligência.  

Ao longo de pouco mais de duas horas, Jogo Sujo alterna momentos de tensão e sarcasmo ao explorar a fronteira entre crime e ética num mundo em que ninguém é totalmente inocente. Após interpretar um pai que esconde um passado como assassino profissional em O Plano Família (2023), Wahlberg vive um anti-herói e justiceiro moderno. 

Roteirista de "Máquina Mortífera" 

O diretor Shane Black reforça em Jogo Sujo seu legado como um autor de “action noir” moderno. O estilo mistura humor, moral ambígua e cenas de ação. Black despontou em Hollywood como um prodígio dos roteiros de ação, quando escreveu, aos 20 anos, Máquina Mortífera (1987), clássico estrelado por Mel Gibson e Danny Glover. 

Trama clássica de roubo, "Jogo Sujo" envolve um crime internacionalTrama clássica de roubo, "Jogo Sujo" envolve um crime internacional (Foto: Divulgação/Prime Video)

Anos depois, o americano se tornou diretor e fez sucesso comercial com produções como Beijos e Tiros (2005), Homem de Ferro 3 (2013), Dois Caras Legais (2016) e O Predador (2018). Atualmente, Black é considerado um dos nomes que reinventaram o cinema de ação dos anos 1980 para o público contemporâneo.  

Guinada na carreira  

Nos últimos anos, Mark Wahlberg passou por uma guinada em sua carreira. O ator tem se notabilizado pela participação em projetos com mensagens voltadas à fé e à família. Produções como O Milagre do Menino da Fé (2022) e Arthur, o Herói Canino (2024), que apresentam personagens inspiradores e histórias baseadas em valores humanos. 

Em entrevistas, Wahlberg afirmou que essa transformação é também pessoal. Católico praticante e pai de quatro filhos, o astro diz querer usar sua influência em Hollywood para “contar boas histórias e inspirar pessoas”. O americano também tem sido produtor de obras independentes que fogem da lógica comercial dos grandes estúdios.

Pelo mesmo motivo, Wahlberg passou a revisitar com um olhar crítico o próprio passado. Um gesto em especial simbolizou a virada espiritual e profissional do ator. Durante o Festival Mundial das Famílias, realizado na Filadélfia em 2015, ele pediu desculpas publicamente ao Papa Francisco por certos trabalhos no início da carreira.  

O ator revelou ter se arrependido das participações em obras como Boogie Nights - Prazer sem Limites (1997), em que interpreta um ator pornô, e os dois filmes com o ursinho desbocado Ted (2012 e 2015). Wahlberg afirmou que, embora tenham ajudado a consolidar sua fama, as participações não refletem quem ele é hoje.

  • Jogo Sujo
  • 2025
  • 128 minutos
  • Indicado para maiores de 16 anos
  • Disponível no Prime Video

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