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Morreu nesta sexta-feira (28) a escritora Heloisa Teixeira, conhecida até 2023 como Heloisa Buarque de Hollanda. Ela tinha 85 anos e estava internada na Casa de Saúde São Vicente, na zona sul do Rio de Janeiro. Heloisa não resistiu a complicações de uma pneumonia com insuficiência respiratória aguda. O velório da autora acontecerá neste sábado (29), na sede da da Academia Brasileira de Letras, no centro do Rio.
Heloisa Teixeira herdou a cadeira da ABL da também escritora Nélida Piñon em 2023. Em publicação nas redes sociais, a Academia lamentou a partida da imortal. "Deixa um legado incontestável de pensamento crítico, generosidade e compromisso com uma cultura mais justa, plural e inclusiva. Heloisa trouxe à ABL não apenas sua brilhante sagacidade intelectual, mas também um espírito de acolhimento e fraternidade que marcou profundamente todos com quem conviveu."
Reconhecida como uma das principais vozes do feminismo no Brasil, a escritora abandonou o sobrenome do primeiro marido, o advogado Luiz Buarque de Hollanda, poucos dias antes de assumir a cadeira na ABL. Heloisa foi diretora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea da Faculdade de Letras Universidade Federal do Rio de Janeiro, coordenando o Laboratório de Tecnologias Sociais, do projeto Universidade das Quebradas, e o Fórum M, espaço aberto para o debate sobre a questão da mulher na universidade.
Além de escrever sobre o feminismo, ela lançou obras sobre poesia marginal e sobre a trupe de teatro Asdrúbal Trouxe o Trombone. Entre seus livros mais recentes estão Feminista, Eu? Literatura, Cinema Novo, MPB (2022) e Rebeldes e Marginais: Cultura nos Anos de Chumbo (1960-1970) (2023).





