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Com Gal Gadot

A nova versão de “Branca de Neve” não é tão ruim quanto você imagina

A atriz israelense Gal Gadot interpreta a bruxa malvada
A atriz israelense Gal Gadot interpreta a bruxa malvada no live action (Foto: Divulgação Disney)

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A Disney está de volta com um enésimo live action. Desta vez, é de Branca de Neve, nem mais nem menos do que a obra-prima de Walt Disney: o primeiro longa-metragem de animação da história do cinema, vencedor do único Oscar honorário que veio acompanhado de outras sete estatuetas – para os sete anões –, e que marcou um antes e um depois no cinema de animação. Como enfrentar o desafio de reinterpretar um filme tão icônico sem trair a sua essência?

A história é bem conhecida em todo o mundo: um reino, uma linda princesa, sete anões, uma bruxa má, uma maçã vermelha brilhante, um príncipe... No entanto, a empresa do Mickey Mouse não tentou refazer o seu próprio filme. Optou por uma nova adaptação do conto original dos Irmãos Grimm.

Desde antes de seu lançamento, Branca de Neve está envolvido em polêmica, não só pela questão de ser ou não conveniente essa refilmagem – o que reforça o sentimento de esgotamento criativo em Hollywood – mas, sobretudo, pelas declarações da atriz principal, Rachel Zegler, que levantaram temores de uma Branca de Neve woke. Mas, surpresa: o resultado final não é tão perturbador quanto parecia que seria.

A Branca de Neve de 1937 era uma jovem meiga, boa e calma, cuja vida foi marcada por circunstâncias alheias ao seu controle, até que o príncipe a resgata. Na versão que está nos cinemas, a protagonista mantém a sua bondade, mas é uma mulher muito mais determinada, que assume um papel muito ativo no seu destino. E, como no filme de 1937, o seu príncipe encantado desempenha um papel importante.

Dito isto, o que esta Branca de Neve nos oferece? Bastante e nada ao mesmo tempo. Como musical, repete as músicas mais conhecidas da versão animada e acrescenta novas composições com o clássico selo Disney, conseguindo um resultado agradável para o espectador. Por outro lado, as atualizações no roteiro, embora às vezes diminuam o ritmo, proporcionam um ar fresco que, no geral, justifica-se dentro da história.

A verdade é que a versão de 1937 tinha uma força narrativa difícil de igualar. Entre outros motivos, porque a passagem do conto de fadas para a imagem real tira parte da sua magia e torna certos elementos menos credíveis e mais adocicados. Resumindo, a Disney consegue se safar nesta nova adaptação, que está mais próxima de Dumbo do que de A Pequena Sereia. Rachel Zegler e Gal Gadot apresentam atuações de destaque, e o filme oferece entretenimento sólido, embora sem a centelha inesquecível do original.

© 2025 Aceprensa. Publicado com permissão. Original em espanhol.

  • Branca de Neve
  • 2025
  • 109 minutos
  • Indicado para maiores de 10 anos
  • Em cartaz nos cinemas

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