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Mel Gibson é um dos destaques de “O Continental”
Mel Gibson é um dos destaques de “O Continental”| Foto: Prime Video/Divulgação

Em 2014, há quase dez anos, os fãs de ação ganhavam um novo personagem para chamar de seu. De Volta ao Jogo foi o primeiro de uma série de quatro filmes (até o momento) lançados com o protagonista John Wick, um assassino de aluguel aposentado interpretado pelo ator Keanu Reeves. Agora, o universo deste personagem ganha mais cores com o lançamento do seriado O Continental, disponibilizado pelo Prime Video aqui no Brasil.

Quem acompanha Wick desde então sabe muito bem o significado do título da nova produção, que conta com três episódios com cerca de uma hora e meia de duração cada. O tal do Continental é um hotel em Nova York, onde os assassinos convivem sem cometer crimes – pelo menos é o que é esperado. O grande contato do personagem de Reeves neste espaço é Winston Scott, o enigmático dono do prédio, interpretado no filme por Ian McShane. É esta figura que se torna o protagonista de O Continental. Para isso, a série volta no tempo, para os anos 1970, e apresenta Scott como um jovem charmoso e ambicioso, dessa vez encarnado pelo ator Colin Woodell.

Ainda distante de se tornar o gerente do hotel, posição em que é apresentado no filme de 2014, Scott entra em cena quando é convocado pelo chefe do local, o inescrupuloso Cormac O'Connor. Ele sequestra o jovem para uma conversa franca após o irmão de Scott roubar algo do Continental: uma máquina para cunhar moedas utilizadas pela instituição criminosa. O peso do chamado é entendido rapidamente e logo ele retorna para a vida do crime, em busca do irmão e da prensa para cunhagens. Mas esse não será seu único plano.

Alto nível de ação 

Já no primeiro episódio, o único disponível até o momento (os próximos serão disponibilizados nos dias 29 de setembro e 6 de outubro), encontramos as principais características que fizeram da franquia John Wick um grande hit no mundo da ação. Golpes de artes marciais, tiros e a costumeira correria se fazem presentes. Como sempre, as coreografias destes momentos mais intensos são um grande destaque. Uma perseguição/tiroteio em uma escadaria neste capítulo é uma das melhores feitas neste universo, mantendo o padrão do diretor das películas com Reeves, o americano Chad Stahelski. Em O Continental, ele atua apenas como produtor executivo, mas sua  expertise como ex-dublê é respeitada e ajuda a manter o lançamento no mesmo nível dos quatro filmes.

Por fim, vale destacar o dono do hotel na década de 1970 – muito bem traduzida para ambientar o espectador naquele momento da história. O'Connor é interpretado pelo veterano Mel Gibson com maestria. Ele se diferencia pela seriedade dentre tantos personagens propositadamente caricatos e cheios de manias.

A longa duração de cada um dos episódios ajuda a história a fluir com calma e profundidade, fazendo com que o espectador se sinta como se estivesse vendo um filme de longa-metragem. Aos fãs de Wick ou de produções como Anônimo e Desejo de Matar, clássico com Charles Bronson, a série será muito bem-vinda – resta saber se os próximos dois capítulos manterão a barra lá em cima.

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