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Uma bomba desconhecida é detonada em Los Angeles, causando caos generalizado. Famílias fogem de suas casas para tentar sobreviver. Jeff Eriksson (Bailey Chase), ex-membro das Forças Especiais do Exército dos Estados Unidos, e sua família conseguem refúgio em uma fortaleza já preparada para desastres situada no alto de uma montanha.
A propriedade pertence ao bilionário Ian Ross (Neal McDonough) e sua esposa Jenna Ross (Dawn Olivieri). Se, por um lado, Eriksson possui capacidade de proteger o local, Ross possui estoques de sementes e estufas para produzir alimento. A dificuldade reside na tomada de decisão, especialmente quando outros sobreviventes pedem ajuda. Esse é o roteiro apocalíptico de O Refúgio, que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 29.
Dirigido por Ben Smallbone e distribuído pela Angel Studios, a mesma de Som da Liberdade, O Rei dos Reis e das primeiras temporadas deThe Chosen, o longa se insere na nova geração de filmes que, além de entreter, provocam o espectador a pensar sobre o que nos define como indivíduos e como sociedade.
Após estrear nos cinemas com a animação O Rei dos Reis, que atraiu mais de 400 mil espectadores em todo o país, a Heaven Content lança seu segundo título nos cinemas. Em parceria com a 360 WayUp, a distribuidora aposta agora em um filme para o público adulto e com alto potencial de engajamento. Pela forma como o filme termina, tudo leva a crer que eles podem investir em uma continuação.
Boas reflexões, mas com incoerências fáticas
Antes de começar a filosofar com o enredo, o espectador se encanta com as paisagens. A produção traz beleza aos olhos e até um namorico aparece no meio, deixando a narrativa leve em contraste com a problemática que os personagens enfrentam. É bem agradável que em todo o filme não há cenas desagradáveis. Pelo contrário, entre casas e carros pegando fogo, pessoas correndo desesperadas e alguns episódios de violência há sempre presente a beleza cenográfica para contemplar.

Embora O Refúgio seja feito para se questionar sobre o que fazer quando os recursos, as esperanças e a paciência estão no limite, o espectador precisa desconsiderar o efeito das bombas, o comportamento dos figurantes e o que leva uma família a decidir se preparar para o pior. Ao fim e ao cabo, o filme é sobre como proteger os seus, mas também sobre os limites da moral quando a sobrevivência está em jogo.
- O Refúgio
- 2024
- 112 minutos
- Indicado para maiores de 14 anos
- Em cartaz nos cinemas






