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A operação acontece em Curitiba e região metropolitana | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
A operação acontece em Curitiba e região metropolitana| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Helicóptero, 45 viaturas e quase 200 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) percorrem os bairros de Curitiba e Região Metropolitana nesta terça-feira (31) abordando ônibus da cidade. O objetivo é inibir a violência dentro do transporte coletivo, e ainda apreender drogas, armas, foragidos da Justiça e veículos roubados que passarem pelos bloqueios da polícia. A operação iniciou às 15h no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar, localizado no Bairro Rebouças, e as viaturas foram espalhadas pela capital. A operação irá terminar apenas na madrugada desta quarta-feira (1.º).

Até as 18h30, cerca de 30 coletivos foram abordados, quatro pessoas foram detidas, e diversos materiais foram apreendidos em bloqueios realizados pela polícia nas ruas da cidade. Entre as apreensões feitas fora do transporte estão dois fuzis, uma submetralhadora carregada, quatro coletes balísticos, diversos explosivos, além de dois carros e uma moto.

No bairro Cajuru, por exemplo, um motociclista não atendeu a ordem de parada de um policial e tentou ultrapassar o bloqueio. Ele foi abordado e detido com uma moto roubada.

Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Já no bairro Barreirinha, agentes do Bope abordaram diversos veículos que passavam pelas vias, pararam coletivos e revistaram passageiros. A empregada doméstica Maria de Fatima Felix da Silva, 41, estava em um desses ônibus e conta que a ação atrasou sua chegada em casa após um dia cansativo de trabalho. “Causou transtorno, mas só assim pra diminuir os assaltos. Eu já fui assaltada e sei como é”, desabafou.

A ação também chamou a atenção de moradores como Antônio do Rosário Barbosa, de 53 anos. Mecânico em uma empresa da Avenida Anita Garibaldi, ele deixou o trabalho de lado para acompanhar a movimentação em um ponto de ônibus. “Já teve vários assaltos nesse ponto e sempre ouvimos que acontecem arrastões nos coletivos. Meu filho de 16 anos, por exemplo, foi assaltado esses dias”, afirmou.

Para motorista que preferiu não se identificar, a iniciativa é válida, mas o horário escolhido não foi o melhor. “Isso deveria acontecer no período da noite, bem cedo e nos fins de semana, que é quando ocorrem mais casos de violência nos ônibus”, afirmou o colaborador, que já teve seu rosto “riscado” pela faca de um assaltante.

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De acordo com o comandante do Bope, tenente-coronel Hudson Leôncio Teixeira, a operação desta terça-feira se estenderá até a madrugada na capital e em municípios da Região Metropolitana. “Nosso intuito é intensificar o policiamento e garantir a segurança da população”, afirmou o comandante do Bope.

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