Estação de tratamento de esgoto no Paraná.
Estação de tratamento de esgoto no Paraná.| Foto: Giuliano Gomes/Gazeta do Povo

A quantidade de amostras de coronavírus presentes nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) de Curitiba atingiu o segundo maior patamar desde o início dos trabalhos da rede que monitora a presença do coronavírus no esgoto. No mais recente boletim, a rede identificou 880 bilhões de cópias genômicas do vírus por dia por 10 mil habitantes na capital, quase 26 vezes mais do que a quantidade presente nas amostras coletadas no início de abril.

O índice é o maior desde o início de janeiro de 2022. No dia 18 daquele mês a rede registrou 967 bilhões de amostras do SARS-CoV-2 – o vírus transmissor da Covid-19 – por dia por 10 mil habitantes. Na época, Curitiba estava em meio a um aumento acentuado dos casos confirmados e ativos da Covid – em 18 de janeiro de 2022 eram quase 11 mil os curitibanos infectados com o coronavírus e com potencial de transmissão da doença.

Além de Curitiba, as capitais Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro também participam da Rede Monitoramento Covid Esgotos, formada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e UFPR e Sanepar, no Paraná.

De acordo com a ANA, com base na carga viral medida diariamente a partir de amostras coletadas no esgoto, é possível estimar a população contaminada, que elimina o vírus pelas fezes e urina. Com o estudo, a Agência pretende identificar a ocorrência do vírus nas diferentes regiões analisadas para entender a prevalência e a dinâmica de circulação do vírus. Segundo a Agência, com os dados sobre a ocorrência do coronavírus por região, seria possível direcionar a adoção ou não de medidas de distanciamento social, por exemplo.