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Os blocos estreitos da praça dificultam a caminhada no local | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Os blocos estreitos da praça dificultam a caminhada no local| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Caminhar pela calçada que liga o chafariz central da Praça da Espanha até a esquina entre as ruas Doutor Carlos de Carvalho e Coronel Dulcídio, no bairro Bigorrilho, tem sido desafiador e motivo de stress para quem passa por ali. O local, que já ficou conhecido como “Calçada do Tropeço”, possui dois problemas. O primeiro é que ele é composto por diversos blocos estreitos de concreto que dificultam a caminhada - já que é necessário dar um passo curto demais ou longo demais - e esses blocos ainda estão em desnível com o gramado, o que pode causar acidentes. “Você precisa contar os passos para andar ali e sempre tem alguém que tropeça”, reclama a comerciante Mirian Brandes, de 52 anos.

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A calçada em questão é um dos acessos principais até o centro da praça e foi instalada durante a reforma realizada entre 2014 e 2015, quando foram trocados o piso, as bombas do chafariz, a iluminação e também foi construído um palco e uma arquibancada no local. A obra contou com investimento de mais de R$ 2 milhões oriundos do Ministério do Turismo e também da prefeitura de Curitiba, e foi idealizada pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).

De acordo com a Associação dos Comerciantes da Região da Praça da Espanha (Ascores), a praça ficou muito bonita após a reforma, mas o detalhe da calçada preocupou os usuários já no primeiro dia de uso. “Assim que a praça ficou pronta, fizemos uma caminhada ali e percebemos que a calçada era muito estreita e estava em desnível com o gramado”, contou o presidente da Ascores, Othon Accioly.

A calçada corta a praça em diagonal e também circula o chafarizAniele Nascimento/Gazeta do Povo

Com isso, frequentadores do espaço como Luiz Ricardo Vechorkoski, 19, preferem caminhar pelo gramado, ao lado da calçada. “Arrumaram a praça, mas não dá para andar na calçada nova porque a gente tropeça. Então, o mais seguro é andar pela grama e deixar a calçada para bonito”, brinca.

Segundo Accioly, os usuários do local que não escolhem um caminho alternativo se colocam em risco. “Principalmente pessoas de idade e crianças porque para passar ali é necessário dar um passo muito curto ou muito longo. Então, é muito fácil tropeçar e um acidente mais grave pode acontecer a qualquer momento”, lamentou.

Solicitação de mudança

Moradores e comerciantes da região pedem que o desnível da calçada seja corrigidoAniele Nascimento/Gazeta do Povo

Ele afirma ainda que a reclamação foi transmitida aos funcionários do Ippuc logo após a inauguração do espaço e que eles prometeram avaliar o caso. “Falaram que veriam a possibilidade de fazer um calçamento contínuo no local ou pelo menos nivelar o gramado com a calçada nova. Mas mudou a gestão e o problema foi esquecido”, disse.

No entanto, o Ippuc explica que essa não é sua função, já que a instituição apenas desenvolve projetos e não os executa, pois essa responsabilidade é da Secretaria de Meio Ambiente de Curitiba.

A secretaria, entretanto, informa que a gestão atual não tinha conhecimento do problema e, por isso, não há previsão de mudanças na calçada da Praça da Espanha. Além disso, a pasta solicita que reclamações como essa sejam transmitidas à prefeitura pelo telefone 156 - canal de comunicação oficial da prefeitura – para que as secretarias tenham acesso às solicitações e possam avaliar as necessidades da população.

Alternativa

Enquanto isso, a sugestão do Ippuc é que os frequentadores utilizem os demais acessos da praça, que possui o total de sete calçadas para pedestres - três pela Rua Fernando Simas, duas pela Coronel Dulcídio, uma pela Saldanha Marinho e outra pela Carlos de Carvalho – e também rampas para cadeirantes.

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