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Suspeito se passava por mulher nas  redes sociais para atrair vítimas | Daniel castellano/Gazeta do Povo
Suspeito se passava por mulher nas redes sociais para atrair vítimas| Foto: Daniel castellano/Gazeta do Povo

Um carioca de 40 anos foi preso na última sexta-feira (15), em Curitiba, suspeito de ter estuprado uma adolescente de 15 anos. Por meio de um perfil falso criado no Facebook, ele fingiu ser uma agenciadora de modelos e atraiu a vítima com falsa promessa de fechar um contrato de R$ 12 mil e integrar o elenco de uma telenovela. A denúncia foi feita pela própria jovem, que relatou ter sido obrigada a ter relação sexual com o criminoso sob mira de arma de fogo.

O caso está sendo investigado pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), delegacia especializada da Polícia Civil. Segundo a delegada Mônica Grabarski, foram encontrados contatos de outras 100 adolescentes na agenda do suspeito, mas ainda não se sabe se todas foram, em algum momento, abordadas por ele.

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Detido no Nucria, o criminoso já tem passagem pela polícia de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, pelo mescmo crime. Ao todo, já foram encontrados 16 perfis falsos criados por ele para aliciar meninas, sendo a maioria em nome de mulheres. No caso que o levou para a prisão, ele cooptava garotas sob o nome de Letícia Chagas. A vítima que fez a denúncias chegou a enviar fotos vestindo calcinha e sutiã como exigência para ser aprovada em um dos testes.

Ainda conforme a polícia, o investigado mora em Curitiba há aproximadamente quatro anos e negou ter estuprado a jovem, referindo-se ao que aconteceu como “brincadeira”. “Ele alegou que foi uma brincadeira que fez com a menina , se passando por uma mulher. Depois negou. Mas nenhuma menina de 15 anos vai a um lugar para se relacionar sexualmente com um estranho da forma como aconteceu aqui”, defendeu a delegada.

De acordo com relato prestado à polícia, a vítima disse ter marcado encontro com “Letícia” na sexta-feira, no período em que deveria estar na escola. Ao chegar no endereço, deparou-se com o homem já armado, que a obrigou a tirar a roupa na mesma hora. A adolescente chegou à delegacia acompanhada pelos avós e teve apoio psicológico durante todo o atendimento. “Imediatamente os policiais se dirigiram até a residência onde teria acontecido o fato e lá chegando se depararam com o indivíduo já fechando a casa pronto para fugir”, acrescentou a responsável pela investigação.

Segundo a delegada Mônica Grabarski, foram encontrados contatos de outras 100 adolescentes na agenda do suspeitoAniele Nascimento/Gazeta do Povo

A vítima passou por exame de corpo de delito, e os aparelhos eletrônicos apreendidos na casa do homem foram encaminhados para o Instituto de Criminalística para tentar identificar outras possíveis vítimas em Curitiba.

Orientação

Casos como este são mais comuns do que se imagina, alerta a delegada Mônica Grabarski, do Nucria e, por isso, segundo ela, o papel fiscalizador dos pais ou responsáveis legais tem um peso decisivo para evitar que adolescentes virem vítimas. “Tem que tomar cuidado porque as adolescentes são propensas e este tipo de crime. São jovens sonhadoras e quem não quer fazer uma novela ganhando R$ 12 mil por mês?”.

Por isso, vale a pena ficar atento às dicas:

*Adolescentes, desconfiem! - As redes sociais estão cheias de perfis falsos. Não importa se são homens ou mulheres, toda a forma de aproximação precisa de cautela, e os dados repassados precisam ser checados. Mais importante: todo e qualquer tipo de informação e pedido precisam ser compartilhados com a família.

*Pais, acompanhem! - “Os pais ou responsáveis legais que tomem conhecimento do que os filhos estão fazendo nos notebooks, celulares. É importante acompanhar o adolescente que ainda está em formação e não tem experiência de vida. Eles podem facilmente cair num golpe”, alerta a delegada.

*Cuidado ao compartilhar - Da mesma forma, a delegada alerta para extremo cuidado na hora de compartilhar dados ou imagens pessoais. “O certo é não tirar fotografias, não fazer fotos de nudes e encaminhar pela internet porque na sequência pode vir graves problemas”, acrescenta.

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