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 | Rodrigo Méxas e Raquel Portugal/Fiocruz
| Foto: Rodrigo Méxas e Raquel Portugal/Fiocruz

Apesar de Curitiba ter registrado o primeiro caso de febre amarela nesta quarta-feira (31), os moradores da capital paranaense não têm motivos para entrar em pânico com a doença. A curitibana, de 36 anos, que foi identificada com a doença, contraiu o vírus em Mairiporã, na Região Metropolitana de São Paulo.

A mulher viajou para o epicentro da doença em dezembro e, ao voltar para a capital paranaense, no dia 30 de dezembro, passou mal. Como estava informada sobre o surto, procurou atendimento médico e ficou internada até o dia 8 de janeiro.

Confira o calendário de vacinação da febre amarela nas unidades de saúde de Curitiba

“A população de Curitiba pode ficar tranquila. Não há nenhum caso de transmissão de pessoas na capital paranaense. Esse caso veio de lá e essa pessoa esteve hospitalizada. Ela está bem e em casa, sendo monitorada pelo nosso sistema de vigilância”, disse a secretária municipal da Saúde, Marcia Huçulak, entrevista à rádio CBN.

Quem deve se vacinar

A Secretaria Municipal de Saúde reforça que não existem preocupações com a doença já que o vírus não tem circulação no Paraná. De acordo com o órgão, os profissionais de saúde estão capacitados e as vacinas para a febre amarela estão disponíveis nos postos de saúde.

A imunização é recomendada para as pessoas de até 59 anos que vão viajar para áreas de riscos, como Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, que têm enfrentado a epidemia da doença. É necessário tomar a vacina pelo menos dez dias antes de embarcar. Por outro lado, quem não tem viagem programada não precisa se vacinar.

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“Temos quase meio milhão de curitibanos imunizados contra a febre amarela, segundo os registros feitos desde 2002 nos postos de saúde” declarou a secretária, reforçando a tranquilidade em relação à febre.

Para contrair a doença, o mosquito precisa picar o homem após ter picado um macaco infectado. Por causa disso, a SMS também conta com o monitoramento da Unidade de Vigilância de Zoonoses sobre os macacos bugios e saguis, hospedeiros da febre amarela silvestre.

“Nós podemos falar com tranquilidade, no estado do Paraná, que não há circulação do vírus da gebre amarela porque não temos isso nem em macacos e nem em vetores. Não há circulação do vírus da febre amarela no Paraná”, garantiu a superintendente de Vigilância em Saúde do estado, Júlia Cordelini, à CBN.

Sintomas

A febre amarela é uma doença que tem o aumento de casos entre dezembro e maio, mas não é transmissível de pessoa para pessoa. O contágio da doença silvestre se faz pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes.

A primeira fase da doença é de infecção, onde os sintomas como febre, calafrios, dores pelo corpo, náuseas e vômitos são comuns em relação a outras doenças. A segunda etapa é o tóxico, onde a febre e os vômitos persistem. Entretanto, a pessoa sofre também com o amarelecimento da pele e dos olhos, além de dores abdominais e escuridão da urina.

Já a febre amarela urbana, que não tem casos registrados no Brasil desde 1942, é transmitida pelo Aedes aegypti, mosquito também responsável pela transmissão da dengue.

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