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Curitiba

Como ficou o Santa Cândida após a saída de Lula da prisão?

Poucas pessoas ainda são vistas no acampamento. Itens estão sendo carregados aos poucos em caminhões.
Poucas pessoas ainda são vistas no acampamento. Itens estão sendo carregados aos poucos em caminhões. (Foto: André Rodrigues/Tribuna do Paraná)

Rua serena e tranquila. Todos sonham com isto para a vida. Mas, por 580 dias, a vizinhança da Polícia Federal (PF), no bairro Santa Cândida, em Curitiba, vivenciou momentos de tensão, agito, brigas e euforia. Com a prisão do ex-presidente Lula, foi criada a Vigília Lula Livre. Militantes ficavam em um terreno de esquina na Rua Professora Sandália Monzon, na espera da liberdade de Lula e ali passavam o tempo.

A programação logo cedo contava com um bom dia ao ex-presidente. Para os participantes do movimento, uma tradição, mas para alguns vizinhos, um tormento. “Aquilo era um horror. Era fim de semana e feriado o grito. Fora que na madrugada eles exageravam em tudo. A nossa rua nunca sofreu tanto neste período”, relatou uma senhora, de 60 anos, que pediu para não ter o nome citado na reportagem.

Com a saída de Lula da PF, a vigília terminou e o espaço começa a ficar abandonado. Ainda é possível visualizar faixas, folhetos, botijão de gás, fogão, material de limpeza e livros. No entanto, a movimentação de pessoas já é pequena. São cinco vigilantes que cuidam do terreno e só pessoas autorizadas podem entrar.

Se alguns vizinhos comemoram o retorno da tranquilidade na rua, quem sente falta do agito é o comércio das redondezas. “Fica um vazio aqui e não tem mais o agito. Até o Bom Dia, Boa Tarde e Boa Noite fazem falta. Fizemos um amizade com o pessoal e já estamos com saudades. Agora chegamos aqui e está sem graça. Além disto, financeiramente também reduz o caixa”, disse Lidiane Griten, gerente de um estabelecimento comercial.

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