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Frio chama um cafezinho: venda da bebida dispara no Centro de Curitiba

Não só café, mas cappuccino e chocolate quente também estão entre as bebidas mais pedidas na região central

Proprietária do Café Senadinho, no calçadão da Rua XV, Lourdes Teixeira conta que as vendas de café dobraram desde segunda-feira (14), quando o frio chegou com força. | Giuliano Gomes/Gazeta do Povo
Proprietária do Café Senadinho, no calçadão da Rua XV, Lourdes Teixeira conta que as vendas de café dobraram desde segunda-feira (14), quando o frio chegou com força. (Foto: Giuliano Gomes/Gazeta do Povo)

“Todo dia, a toda hora. E no frio, mais ainda”. Essa é a rotina de consumo de café da empresária Elilda Baccule, curitibana que é fã da bebida e percebe a importância de algumas xícaras para aquecer os dias de inverno. E ela não é única. No Café Senadinho, que fica calçadão da Rua XV de Novembro, por exemplo, a procura por café dobrou desde o fim do dia de segunda-feira (17), quando o frio chegou em Curitiba.

“Sempre que esfria bastante, é assim. O curitibano adora um cafezinho e dessa vez não foi diferente”, explica Lourdes Teixeira, proprietária do estabelecimento. Além do café, integram a lista de produtos mais pedidos da semana o cappuccino e o chocolate quente. 

O empresário Jemerson Antonio dos Santos, enquanto isso, acabou de inaugurar uma cafeteria, a J Café, na Av. Marechal Floriano Peixoto, quase no cruzamento com a Rua XV de Novembro, e já percebeu os impactos do frio nas vendas. “Abri as portas na sexta-feira (14), e quando o frio chegou, no fim do dia de segunda, as vendas de bebidas quentes começaram a disparar”, conta. Além do aumento no giro, Santos também percebeu que o café puro, o cappuccino e o chocolate quente são os produtos mais pedidos.

Para Elilda Baccule, que costuma parar no Café Senadinho para uma xícara de café acompanhada de pão de queijo, a bebida é necessária para esquentar, tirar dor de cabeça e até mesmo promover a socialização. “Eventualmente, acabo puxando assunto com as pessoas por causa do café”, confessa. A necessidade de tomar um cafezinho para esquentar é sentida até por quem não mora na capital. A aposentada Jacira Carvalho, por exemplo, veio de São Paulo visitar o irmão e não abriu mão de uma bebida quente durante um passeio pela XV. “Café combina com a cidade, e pelo que eu percebi também ajuda o curitibano a ir contra a fama de antipático e socializar um pouco”, brinca Jacira. A proprietária do Café Senadinho concorda: “Como todo mundo quer um cafezinho, a loja acaba ficando meio lotada, então eventualmente os clientes acabam tendo que trocar uma palavra ou outra”, conta.

Justamente por facilitar a interação, o café é um dos itens responsáveis pela consolidação de alguns dos locais mais tradicionais da cidade. Na Boca Maldita, a bebida tem sido mote para reuniões informais há décadas. Frequentador da região há 40 anos, José Adão Pinto Martins - mais conhecido como Barbosa - sai todos os dias de sua casa no bairro Boa Vista para participar de momentos de descontração com café na Boca Maldita. 

Ex-jogador de futebol, hoje o aposentado estima consumir cerca de 10 xícaras por dia. “Quando faz frio, então... O número deve subir pra umas 15 xícaras”, calcula Martins. O aposentado também percebe um aumento na quantidade de público do Café Avenida das Flores, seu ponto preferido da região. “Essa semana ficou muito cheio por aqui. Também pudera: o café esquenta, é saudável e é gostoso”, avalia.

Colaborou: Cecília Tümler

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