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MUDANÇA NO CLIMA

Frio pega comércio desprevenido em Curitiba

Quem ainda tinha produtos de inverno no estoque aproveitou para ganhar dinheiro

Muitas pessoas foram vistas usando gorros e casacos na Rua XV de novembro nesta segunda-feira (2) | Raquel Derevecki/Gazeta do Povo
Muitas pessoas foram vistas usando gorros e casacos na Rua XV de novembro nesta segunda-feira (2) (Foto: Raquel Derevecki/Gazeta do Povo)

Esfriou em Curitiba e muita gente decidiu sair às compras para adquirir casacos e calçados fechados para enfrentar as baixas temperaturas que chegaram neste início de primavera. Mas nem todas as lojas do Centro estavam preparadas para a mudança de clima e esse inverno tardio acabou deixando muita gente na mão.

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A gerente Leila Aparecida Ducate afirma que foi pega de surpresa na segunda-feira (2). Responsável pela loja Billie Brothers da Rua XV de Novembro, no Centro, ela vendeu toda a coleção de inverno no mês passado e começou a oferecer somente peças de verão. “Só que, com a chuva dessa noite e o frio, os clientes começaram a vir na loja procurando casacos, e nós não tínhamos opções para oferecer”, confessou.

A situação foi diferente em empresas como a Via Anzi, que ainda tinha produtos de frio em estoque e aproveitou o momento para se desfazer deles. “Hoje foi dia de vender botas. A loja colocou muitas promoções e eu fiquei divulgando para quem passava pela Rua XV”, contou a locutora Loly Popy.

Segundo ela, várias pessoas que estavam procurando calçados para o frio aproveitaram a oportunidade e saíram com diversas sacolas. “Afinal, elas vão usar esta semana e muitas outras vezes porque em Curitiba sempre faz um friozinho”, comentou.

Já para os vendedores da Feira da Primavera, que acontece diariamente na Praça Osório, a mudança de clima trouxe preocupação. “Quando chove, as pessoas que estão na feira vão embora e as que estão em casa não vêm. Então, na parte de vendas, sempre é ruim”, contou a artesã Tatiane Romanichen, 31. “Mas prefiro que chova e esfrie esta semana, pois na próxima cai o salário do povo e queremos vender bastante”, brincou.

Chuva esperada

Ainda que a chuva seja preocupante para os vendedores da feira, ela trouxe alívio para curitibanos como Célia Nogari, de 63 anos. “Nós ficamos praticamente um mês sem chuva e o tempo seco faz muito mal, principalmente na parte respiratória”, contou a moradora do bairro Capão da Imbuia, que saiu de casa com blusa de lã, jaqueta e o guarda-chuva.

Assim como ela, as irmãs Carmen Pereira, 61, e Regina Lucia, 58, também agradeceram pela chuva e decidiram sair de casa para curtir o frio e tomar um café bem quentinho. “Eu morro de paixão por esse clima”, afirmou Carmen, enquanto tomava seu café na Rua XV. “Mas a gente precisa sair prevenida, então nosso guarda-chuva também está no carro em caso de necessidade”.

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