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Justiça estabelece regras para vigília em favor de Lula

Desembargador Fernando Paulino da Silva Wolf Filho determinou que manifestações em torno da PF só poderão ocorrer em finais de semana alternados

 | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
(Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)

O Tribunal de Justiça do Paraná concedeu nesta quinta-feira (31) uma liminar para impedir as manifestações diárias de apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no arredores da Polícia Federal (PF), no Santa Cândida, em Curitiba. Desde a prisão do ex-presidente, no dia 7 de abril, militantes petistas mantêm uma vigília permanente no local em apoio a Lula. Um interdito proibitório obtido pela Prefeitura de Curitiba já havia determinado uma multa de R$ 500 mil por dia para que os militantes deixassem o local.

Agora, o desembargador Fernando Paulino da Silva Wolf Filho estabeleceu uma série de regras para garantir tanto o direito à manifestação, quanto o direito dos moradores ao sossego na região.

Regras

O desembargador estabeleceu que as manifestações na região próxima à Polícia Federal só poderão ocorrer nos finais de semana, com duração máxima de seis horas. Os atos também deverão começar depois das 9 horas da manhã e ter fim antes das 19 horas. O magistrado decidiu, ainda, que as manifestações só poderão ocorrer com um intervalo mínimo de duas semanas entre uma e outra. Isso porque, segundo o desembargador, “os dias dos finais de semana são utilizados pelos cidadãos para repouso e atividades de lazer”.

O magistrado também estabeleceu que, em caso de utilização de alto-falantes, eles deverão ser posicionados a no mínimo 100 metros da Superintendência, com limite máximo de 50dB de pressão sonora. O desembargador não proibiu o uso de barracas pelos manifestantes, mas determinou que elas sejam retiradas ao fim das manifestações.

Avisar com antecedência

A partir de agora, os manifestantes também terão que avisar a realização de manifestações na região com cinco dias de antecedência. Os avisos devem ser entregues ao Município de Curitiba, à Polícia Militar, à Superintendência da PF, ao Ministério Público e ao juiz da causa.

Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal desde o dia 7 de abril. Ele foi detido para começar a cumprir sua pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Lava Jato. A defesa ainda tenta, através de recursos judiciais, obter a liberdade do petista.

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