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Lei exige câmeras nos ônibus de Curitiba desde 2011, mas Urbs não tem dinheiro

Reivindicado pelo Sindimoc após assassinato de motorista, monitoramento no transporte público não é cumprido

 | Daniel Caron/Gazeta do Povo
(Foto: Daniel Caron/Gazeta do Povo)

A instalação de câmeras de segurança no transporte público reivindicada pelo Sindicado dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região (Sindimoc) no protesto que paralisou os ônibus por uma hora segunda-feira (24) já deveriam estar em funcionamento. Desde 2011, a capital tem lei municipal (13.885/ 2011) que exige a instalação destes equipamentos, mas apenas terminais e algumas estações-tubo possuem este sistema atualmente. Nenhum ônibus tem câmeras de segurança.

Com o assassinato do motorista Edmilton José de Melo da linha Curitiba-Jardim Paulista, durante um arrastão em Colombo na última sexta-feira (21), a instalação das câmaras virou a principal reivindicação do Sindimoc em termos de segurança e foi o tema principal da reunião segunda-feira (24) convocada às pressas com o Setransp (sindicato das empresas de transporte), Comec (entidade que administra o transporte da regiao metropolitana) e as polícias Militar e Civil.

O desfecho da reunião foi a definição de um estudo para analisar a viabilidade de instalação dos dispositivos. Mas nesta terça (25), a Urbs afirmou que não tem dinheiro para instalar os equipamentos. “Novos investimentos dependem de recursos que não estão previstos no valor atual da tarifa”, informou o órgão.

Em 2011, o impasse foi em torno da responsabilidade de quem bancaria o custo das câmeras: o poder público ou as empresas de transporte. Apesar de determinar a instalação dos equipamentos, a lei não define quem deveria assumir a obrigação. O ex-vereador Juliano Borghetti, autor do projeto, afirmou à época que as empresas é que deveriam se responsabilizar pelas despesas.

As empresas, porém, acreditam que a medida é de segurança pública e afirmam que a instalação dos equipamentos não consta no contrato que assinaram em 2010. Apesar disso, o sindicato que as representa disse que vai participar dos estudos para ajudar a decidir uma formade viabilizar a implantação.

Na reunião de segunda-feira, o Sindimoc disse que os equipamentos nos ônibus são essenciais para dar mais segurança aos trabalhadores e passageiros. “Não é uma solução, mas é algo que vai evitar muitas situações como essa”, afirma o presidente do Sindimoc, Anderson Teixera.

O pedido por mais segurança no transporte coletivo e pela implantação de câmeras foi motivo de um protesto e de uma paralisação de uma hora na capital nesta segunda,

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