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Lombada eletrônica em Curitiba.
Lombada eletrônica em Curitiba.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo/Arquivo

As novas lombadas eletrônicas de Curitiba permitirão fiscalização mais precisa da velocidade dos veículos, além de reduzir o custo com manutenção. Isso porque o laço - faixa em que o veículo cruza o detector - deixará de ser no pavimento e passa a ser digital, um sensor doppler de emissão de ondas sem brecha para ser burlado. O novo sistema deve ser implementado em 26 das 56 lombadas eletrônicas no início de 2022. As outras 30 seguirão no sistema antigo provavelmente até 2023.

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"Pela tecnologia antiga, alguns motociclistas conseguiam identificar o detector no pavimento e desviar da fiscalização, muitas vezes passando pela calçada", explica a superintendente de Trânsito de Curitiba, Rosangela Battistella. "Com o sistema digital, o laço vai abranger a largura total da via, de ponta a ponta. Não vai ter como escapar da fiscalização", complementa Rosângela.

O sistema é o mesmo dos novos radares que substituíram os antigos a partir de abril. Segundo a Superintendência de Trânsito (Setran), os radares com a nova tecnologia já vêm registrando mais flagrantes de infrações de motociclistas.

A substituição do primeiro grupo de lombadas eletrônicas será feita após licitação para contratar a instalação, operação e manutenção dos novos aparelhos, cujo edital está sendo concluído. Por isso, o valor da substituição ainda não foi fechado. Quase todas as 26 lombadas já foram desativadas, restando apenas duas que serão retiradas nos próximos dias.

O contrato anterior desses equipamentos era apenas de manutenção, já que a própria Superintendência de Trânsito (Setran) vinha operando os 26 aparelhos desde 2011, após denúncia em cidades de todo o Brasil de irregularidades na empresa responsável pela fiscalização à época.

Outra vantagem das novas lombadas eletrônicas é o fato de que o detector doppler exige intervenção mínima para ser instalado ou substituído. Ao contrário do sistema anterior, o laço digital não precisa de perfuração do pavimento para ser instalado. Como não há necessidade de obra, não há bloqueio no trânsito para instalação e nem manutenção. "Isso aumenta a vida útil do equipamento e do próprio pavimento, já que no sistema antigo pode haver infiltração de água no asfalto", argumenta Rosangela.

As outras 30 lombadas vão continuar em operação pelo menos até 2023, quando também devem ser substituídas pela tecnologia digital em nova licitação. Esses equipamentos foram instalados pela própria prefeitura a partir da década de 1990. "As lombadas mais antigas serão auferidas em 2022. Faremos o edital para substituição desses equipamentos durante o prazo de validade da auferição, que é de um ano", explica Rosangela.

Atualização da fiscalização eletrônica

Com a substituição dos radares e das lombadas eletrônicas, a Setran aproveitou para avaliar a possibilidade de desinstalar esses sistemas em determinados pontos e aplicá-los em outros. Estudos técnicos estão sendo feitos em diversas localidades para avaliar a necessidade de redutores de velocidade.

"Há lugares que não precisam mais desse tipo de fiscalização porque os polos que geravam trânsito, como escolas, comércio ou postos de saúde, deixaram aquele ponto", aponta a superintendente. "Em compensação, outros pontos passaram a ter fluxo maior de veículos, o que demanda fiscalização eletrônica", conclui.

Como exemplo, Rosangela cita a desativação da lombada eletrônica na Avenida Fagundes Varela, em frente ao Bosque Portugal, no Jardim Social. "Ali percebemos que a instalação de uma lombada elevada resolveria o problema. Não precisava mais a lombada eletrônica", afirma.

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