Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
avenida do Batel

Mãe de motociclista que atropelou três no Batel diz que filho usava moto por influência do pai

Em entrevista coletiva, mãe de Leonardo de Magalhães se emocionou e disse querer o bem de todos os envolvidos

Segundo a mãe do motociclista, filho não estava empinando a moto na hora do acidente | Reprodução/RPC TV
Segundo a mãe do motociclista, filho não estava empinando a moto na hora do acidente (Foto: Reprodução/RPC TV)

A família do motociclista Leonardo de Magalhães Fonseca, que atropelou três pessoas no início do mês na Avenida do Batel, em Curitiba, afirma que ele vai pagar pelo que fez e que está arrependido. A declaração foi feita pela mãe do rapaz, Ângela Brockveld, em coletiva de imprensa convocada pela defesa de Leonardo na manhã desta terça-feira (24). Segundo ela, o jovem não estava empinando a moto e que ele usava o veículo sob influência do pai.

Segundo a mãe, o rapaz não foi a coletiva porque ainda está mal, se recuperando dos ferimentos que teve no momento do acidente. “Continua bem machucado e ainda precisa de muitos cuidados. Mas nós precisávamos falar, porque começaram a soltar informações falsas sobre a nossa família”, comentou Ângela.

Veja também: Ligeirão quebra ao meio e passageiros seguem viagem para não se atrasarem

A mulher comentou que Leonardo disse que não estava empinando a moto no momento do acidente, como a polícia suspeita, e que ele disse não se lembrar muito de como tudo aconteceu. “Ele me disse que se lembra de flashes, que não consegue lembrar tudo. Disse que desceu a Rua Bento Viana, entrou num posto, abasteceu e saiu pela Avenida Batel. Quando viu as pessoas, viu que estavam atravessando, tentou desviar, mas não conseguiu”, disse a mãe de Leonardo.

Sobre o filho estar ou não em alta velocidade, Ângela disse que o rapaz não se lembra. “Isso só a perícia vai poder dizer. Mas ele já está pagando, está com tornozeleira em casa e a consciência dele também está pesando”. Além disso, Leonardo estava com a Carteira de Habilitação (CNH) suspensa. “Inclusive fui com ele entregar a carteira no Detran no dia 3 de junho de 2018. Ele errou e vai responder por isso perante a lei”, disse a mãe.

Leonardo, conforme o relato de Ângela, nunca teve moto e usava o veículo do pai. “Ele gosta, não vou falar que não, mas nunca apoiei, tanto que nunca teve moto”, comentou a mãe, destacando que o jovem usava o veículo por influência do pai e que ela mesma já havia pedido para que a moto não fosse emprestada ao rapaz, já que ele estava sem a sua CNH.

Confira: Pai de motociclista que provocou acidente no Batel vai responder por ter emprestado a moto

Ângela disse que ainda não teve contato com os familiares das vítimas do acidente, mas que torce pela recuperação de todos. “Acha que a gente quer ver o mal das pessoas que estão no hospital? Só rezo e desejo que todos saiam bem dessa situação. Queremos que tudo acabe bem e que a gente vai se encontrar se Deus quiser”, considerou a mãe, emocionada.

O acidente

O acidente que Leonardo se envolveu causou grande comoção pela forma que aconteceu. O rapaz seguia de moto pela Avenida Batel, no começo de julho, quando, segundo a polícia, se perdeu ao empinar a moto que pilotava. Descontrolada, a motocicleta atingiu a criança e a mulher e destruiu um ponto de ônibus.

Leonardo, que estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa, também se feriu. Ele ficou internado no hospital e, depois de receber alta, foi encaminhado à Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), responsável pelas investigações. O rapaz responde ao processo em liberdade e é monitorado por tornozeleira eletrônica.

A advogada que representa o rapaz afirmou que ele vai responder pelo que fez. “Em nenhum momento nós falamos que o acontecido foi uma fatalidade, pelo contrário. Ainda estamos esperando a perícia para sabermos em qual artigo de fato ele vai ser enquadrado, mas tudo o que foi dito até agora (que ele estava em alta velocidade e que estaria empinando a moto) é o que esperamos que seja concluído”, destacou Louise Mattar Assad.

Conforme a advogada, por estar com a tornozeleira eletrônica, Leonardo precisa seguir algumas restrições como a de horário. “Tem que estar em casa a partir das 20h e só pode sair a partir das 7h. Além disso também tem que comparecer judicialmente todo mês”.

Vítimas

Na última sexta-feira (20), a enfermeira Adriane Aparecida Melnik, de 38 anos, deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Trabalhador (HT). De lá, ela foi encaminhada a um quarto do Hospital da Cruz Vermelha e, de acordo com familiares, apresenta melhora.

Alem da enfermeira, a sobrinha dela, de oito anos, também já deixou a UTI do Hospital Pequeno Príncipe, no último dia 19. Segundo familiares, a criança está bem, mas continua mantida sob cuidados médicos.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.