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As manchas foram associadas inicialmente a um vazamento de óleo | Duka Júnior/Colaboração
As manchas foram associadas inicialmente a um vazamento de óleo| Foto: Duka Júnior/Colaboração

As manchas que apareceram no mar do Litoral paranaense no fim da tarde desta segunda-feira (14) se tratam de uma proliferação de algas atóxicas, comuns durante o inverno. Elas foram associadas inicialmente à lama e até mesmo a um vazamento de óleo. A floração continua e a cor da água do mar segue com partes marrons. Mas não há riscos à saúde humana.

De acordo com o capitão Durval Tavares, da Polícia Militar Ambiental do Paraná, o fato foi registrado no balneário Albatroz, em Matinhos, por volta das 17h20, quando duas manchas foram avistadas na praia à distância de quatro quilômetros uma da outra, chamando a atenção de quem passava pela região.

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A equipe se deslocou até os locais afetados na manhã desta terça-feira (15) e um laudo foi emitido pelos biólogos do Centro de Estudos do Mar (CEM) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) confirmando o motivo da coloração diferenciada. “É a floração de algas da espécie Anaulus australis, que não são tóxicas. Então, os banhistas podem entrar no mar”, informou o capitão Tavares.

No entanto, os usuários devem estar preparados para se deparar com um produto oleoso na água devido à presença desses seres vivos aquáticos na área de arrebentação das ondas. “É uma gordura natural que pode sujar a pele e a roupa, mas não há motivo nenhum para preocupação ”, explicou.

floração

Segundo Camila Domit, bióloga do Laboratório de Ecologia e Conservação do CEM da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a floração dessa espécie é comum em períodos de inverno, pois essas algas seguem correntes mais frias. Além disso, costumam aparecer em áreas de praias extensas, principalmente no Sul do Brasil e em algumas regiões da África do Sul e Austrália.

A bióloga explica também que elas ficam restritas à zona de arrebentação e servem como alimento para diversas espécies migratórias como grandes baleias e golfinhos.

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